sábado, 5 de outubro de 2013

Mulheres jovens têm ataque cardíaco sem dor no peito

A dor no peito é um sintoma bem conhecido de problemas cardíacos.
Mas os médicos nas salas de emergência precisam ficar atentos quando se trata da saúde do coração de mulheres mais jovens.

Em uma constatação surpreendente, médicos verificaram que, em uma em cada cinco mulheres com menos de 55 anos, o ataque cardíaco não vem acompanhado da dor no peito.

Esta que está sendo considerada a primeira descrição deste fenômeno em mulheres consideradas jovens foi feita por médicos das universidades McGill e Colúmbia Britânica, ambas no Canadá.

A conclusão tem implicações diretas para o trabalho dos profissionais de saúde em prontos-socorros e salas de emergências, que acolhem as pacientes em uma situação na qual segundos fazem a diferença para salvar uma vida - e o diagnóstico correto é essencial para o atendimento dos casos de ataque cardíaco.

Síndrome Coronariana Aguda

"Nós precisamos abandonar a imagem de um homem idoso apertando o peito quando pensamos em síndrome coronariana aguda," diz a Dra. Louise Pilote, coordenadora do estudo.

Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é um termo abrangente que se refere a ataques cardíacos e angina.

"É importante lembrar que a dor no peito é um indicador importante da SCA, mas não o único", diz o Dr. Pilote.

"A realidade é que dor no peito, idade e sexo não são mais os definidores de um ataque cardíaco. Nosso estudo demonstra que pessoas jovens e mulheres que entram na emergência sem dor no peito, mas com outros sintomas reveladores da SCA, como fraqueza, falta de ar e/ou batimentos cardíacos rápidos, estão em crise," completa ela.

As mulheres com menos de 55 anos são mais propensas a ter a Síndrome Coronariana Aguda não identificada nos atendimentos de emergência do que os homens, ainda que elas tenham maior risco de morte.

Isto, segundo os pesquisadores, provavelmente se deve ao estereótipo do "homem idoso apertando o peito" para o diagnóstico do ataque cardíaco.
"Precisamos ser capazes de reconhecer e nos adaptar a novas avaliações-padrão em grupos previamente não reconhecidos [como vítimas da SCA], como as mulheres jovens," concluiu a médica.

Fonte: Diário da Saúde

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