Doe Sangue!

Conheça as condições para doar Sangue 


Documentos necessários à doação de sangue

Para doar sangue é necessário apresentar um documento oficial de identidade que contenha foto, filiação e assinatura: carteira de identidade, carteiras de Conselhos de Classe reconhecidos oficialmente, carteira de trabalho, certificado de reservista, passaporte, carteira nacional de habilitação (somente o modelo com foto). Documentos que possuem validade, como o passaporte e a carteira de habilitação, somente serão aceitos dentro do seu período de validade.

Critérios gerais

Idade

Podem doar sangue pessoas entre 18 e 65 anos, 11 meses e 29 dias.

Peso

A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8ml /kg e, para os homens, 9ml/kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de coleta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue.

Homens: 450ml
Mulheres até 54,9kg: 410ml
Mulheres com 55 kg ou mais: 450ml

O peso será verificado no momento da doação e será descontado 1 kg referente ao peso da roupa.

Estado geral

O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador.

Nutrição

O candidato a doador deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais do corpo. Por isso, caso haja algum déficit protéico-calórico ou vitamínico, deve-se aguardar a normalização do estado nutricional para doar sangue. Caso se observe uma perda rápida de peso acima de 10% do peso inicial, é preciso aguardar três meses após a estabilização para a doação de sangue, mesmo que não se tenha utilizado medicamentos. Se houver perda de peso, sem que a pessoa tenha se submetido a dietas ou condicionamento físico, recomenda-se procurar o médico para averiguar o motivo.

Temperatura

O doador deve estar sem febre. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.

Frequência cardíaca / pulso

Serão avaliados pelo médico. Devem ser regulares e estar entre 60 e 100 batimentos / pulsação por minuto. Fora destes limites, apenas a critério médico.

Pressão arterial

Será aferida no momento da doação. A pressão sistólica (máxima) não poderá exceder 180mmHg ou estar abaixo de 90mmHg; a pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg ou estar abaixo de 60mmHg. É oportuno lembrar que a pressão arterial pode modificar-se rapidamente em resposta a exercícios físicos e ansiedade. Assim, não fazer esforço vigoroso antes de doar e permanecer tranquilo antes e durante a entrevista evitará que a doação não se efetive devido a uma alteração aguda da pressão arterial.

Candidato portador de hipertensão arterial

Essas pessoas somente poderão doar sangue se estiverem em uso de uma única classe de medicamento que não contraindique por si só a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), apresentando níveis pressóricos controlados e sem lesões em órgãos alvo (por exemplo, coração, rins, olhos). Para avaliar tais condições, será necessário, portanto, que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e a doação apenas será realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg.

Repouso

O candidato deve ter dormido, pelo menos, quatro horas. Idealmente, deve ter dormido dentro do seu habitual, sentindo-se descansado no momento da doação.

Sintomas comuns

febre (pico isolado) sem outros sintomas associados: aguardar sete dias após a melhora do sintoma;
febre persistente de origem indeterminada: aguardar diagnóstico ou, no mínimo, três meses sem febre;
diarreia sem necessidade de uso de antibióticos: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas;
gripe ou resfriado: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas.

Alimentação

Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas, por exemplo. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte.

Anemia

O candidato aprovado na triagem clínica para doação será submetido, também, a um exame prévio para identificação de anemia. Os valores mínimos e máximos do micro-hematócrito para liberação da doação são os seguintes:
Homens: maior ou igual a 40% e menor ou igual a 55%
Mulheres: maior ou igual a 38% e menor ou igual a 54%
Pessoas portadoras de anemia hereditária (transmitida de pais para filhos) não podem doar sangue. Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses, após a normalização dos exames e término do tratamento.

Portadores do traço falciforme (presença de hemoglobina S associada à hemoglobina A no exame de eletroforese de hemoglobina, característico de familiares de pacientes portadores de anemia falciforme ou drepanocitose) podem doar sangue normalmente. Todo o sangue doado é avaliado para a presença de hemoglobina S e quando é detectada sua presença, o sangue é rotulado a fim de que seja utilizado apenas em pacientes que não possuam contraindicação para recebê-lo. Os portadores de traço falciforme não devem doar plaquetas através do método de aférese.
                          
Uso de Medicamentos

Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios

O uso de analgésicos comuns não impede a doação; entretanto, o triagista avaliará o sintoma e/ou sinal que motivaram a sua utilização, o que poderá, por si, impedir a doação. Assim, sugere-se que se faça a doação em dias em que não se utilizar medicamentos.

O uso de antitérmicos impede a doação em virtude da febre que motivou a sua utilização. As doenças febris apresentam, cada uma, um período específico para liberação da doação. Deve-se consultar as informações a respeito das doenças infecciosas e reumáticas para esclarecimentos. Febre de origem não determinada e de curta duração exige o prazo de sete dias para que se possa doar sangue.

Anti-inflamatórios contraindicam a preparação de plaquetas por cinco dias e seu uso deve ser informado. A doação exclusivamente de plaquetas está contraindicada nesse período.

Medicamentos anti-inflamatórios: Ácido Acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka Seltzer, Engov), Diclofenacos (Voltaren, Cataflan, Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Piroxicam (Feldene), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares.

Antiparasitários

Medicamentos para tratamentos de parasitas intestinais (vermes) comuns não impedem a doação. Algumas doenças que podem acometer outros órgãos além do intestino, como, por exemplo, a esquistossomose; apresentam um prazo de inaptidão variável. Verifique as condições nas informações a respeito das doenças infecciosas.

Anti-hipertensivos 

Portadores de hipertensão arterial somente podem doar sangue se estiverem um uso de uma única classe de medicamento que não contraindique por si a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), estando com os níveis pressóricos controlados e sem lesões em órgãos alvo (pEX . coração, rins, olhos). Para avaliar estas condições será necessário, portanto, que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e a doação somente poderá ser realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg.

As classes de anti-hipertensivos que não impedem a doação são as seguintes:


É contraindicada a suspensão de medicamentos para a realização de doação de sangue.
Assim, o uso das seguintes drogas impede a doação de sangue, exceto se utilizadas em outras situações que não o controle de hipertensão arterial.


Anticoncepcionais/ hormônios de reposição feminina

Não impedem a doação.

Indução da ovulação

Impede a doação por três meses após o término do tratamento.

Antibióticos

Impedem a doação pelo prazo mínimo de sete dias e de acordo com a vida média da droga. Em algumas situações, em virtude da gravidade da doença de base, a liberação para nova doação poderá ocorrer em um prazo superior. Deve-se verificar as informações a respeito das doenças infecciosas para esclarecimento. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação.

Corticoides

Sistêmicos (comprimidos, xaropes, supositórios ou injetáveis): no mínimo 48 horas após a suspensão. Será avaliada também a doença que motivou seu uso. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação.
Tópicos (cremes ou pomadas): não contraindica a doação. Será avaliada também a doença que motivou seu uso e esta poderá, por si, impedi-la.
 Medicamentos teratogênicos

Impedem a doação durante o tempo de eliminação pelo organismo. Alguns destes medicamentos requerem um prazo bastante longo em virtude de apresentarem acúmulo no organismo. Veja o tempo de inaptidão na tabela a seguir:


Medicamentos alergênicos

Medicamentos que se caracterizam por provocar reações alérgicas ou anafiláticas impedem a doação pelo tempo de eliminação do organismo, pois alguns estudiosos acreditam que possam causar reações nos receptores.

Anticonvulsivantes

Quando utilizados para controle de epilepsia, impedem a doação definitivamente. Apto após dois anos de interrupção do uso e sem apresentação de sintomas, quando usado para convulsão até os dois anos de idade, ou de origem febril, metabólica ou pós-trauma.

Homeopáticos

Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Fitoterápicos (plantas medicinais)

Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Medicamentos de ação no sistema nervoso central

Candidatos que façam uso crônico de medicamentos com ação no sistema nervoso central devem solicitar ao seu médico relatório informando sua condição clínica atual e liberação para doação de sangue. Não se recomenda a suspensão do uso de medicamentos com o fim de doar sangue.


Menstruação, gravidez, parto, aborto e amamentação

A menstruação por si não impede a doação. Se a pessoa costuma apresentar cólicas intensas, necessitando uso de medicamentos, aconselha-se doar sangue em um dia em que não se esteja com dor. Não se deve doar se a menstruação estiver atrasada ou houver dúvida quanto a uma possível gravidez. A gravidez impede a doação, pois é um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue.

Após um aborto ou parto normal, é necessário aguardar três meses para doar sangue. A cesariana impede a doação por seis meses.

A amamentação impede a doação até que a criança complete um ano.

Tratamento Dentário


Uso de Bebidas alcoólicas

O uso de bebida alcoólica impede a doação por 12 horas, se não houver sintomas relacionados à sua ingestão. Neste caso, é necessário aguardar a normalização para doar o sangue.
Pessoas que fazem uso de bebida alcoólica diariamente, em uma quantidade maior, não devem doar sangue antes da suspensão do hábito por, pelo menos, seis meses e avaliação por um especialista. Esta restrição ocorre porque o uso frequente de bebidas alcoólicas pode afetar o fígado. O fígado doente pode não conseguir produzir adequadamente os fatores de coagulação. Na doação de sangue, a bolsa é fracionada em, pelo menos, três componentes, dentre os quais o plasma fresco congelado (PFC). O PFC é utilizado para repor fatores de coagulação em pessoas que estejam apresentando sangramento anormal. Assim, se o plasma de uma pessoa com doença hepática (doença do fígado) for utilizado, a transfusão pode não funcionar. Além disso, se o doador não estiver produzindo quantidades adequadas de fatores de coagulação, ele também poderá apresentar um sangramento anormal no local da doação, favorecendo ocorrência de hematomas.
  
Uso de drogas ilegais

História atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas (ilegais) é contraindicação definitiva para a doação de sangue, pois é relacionado à aquisição de doenças infecciosas.
O uso de cocaína por via nasal (inalação, cheirar) é causa de exclusão da doação por um período de 12 meses, contados a partir da data da última utilização; em virtude da possibilidade de transmissão de agentes infecciosos também por esta via.
O uso de outras drogas será avaliado pelo triagista durante a consulta.

Tatuagem e maquiagem definitiva

A realização de tatuagem ou de maquiagem definitiva impede a doação de sangue por 12 meses. Este procedimento é relacionado a um risco maior de transmissão de alguns agentes infecciosos.

Acupuntura e piercing

A realização de acupuntura por profissionais autorizados (clínicas e profissionais com autorização da Vigilância Sanitária), em condições de antissepsia (adotando normas de procedimentos para redução da ocorrência de infecções), impede a doação por 72h se não houver sinais inflamatórios locais. Quando realizado por profissionais não autorizados ou sem condição da avaliação da antissepsia, impede a doação por 12 meses.

Piercing (aros metálicos aplicados ao corpo): critérios semelhantes aos da acupuntura - três dias quando em condições de antissepsia adequadas e 12 meses quando não for possível avaliar. Este impedimento decorre do risco de transmissão de agentes infecciosos relacionado a estes procedimentos.

Exames (procedimentos) endoscópicos

A realização de exames endoscópicos (através da utilização de tubos flexíveis para avaliação de cavidades do corpo humano) impede a doação por 12 meses.

Cirurgias

Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido; outras, pela doença que gerou a necessidade da cirurgia. A inaptidão é relacionada também à extensão da cirurgia. Abaixo, algumas cirurgias mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Amigdalectomia
Apto após três meses.
Anestesia geral
Apto após 30 dias considerando-se apenas o procedimento anestésico. Este tempo pode se prolongar dependendo do tipo de cirurgia realizada.
Apendicectomia
Apto após três meses.
Artrodese de coluna
Apto após seis meses.
Artroscopia
Apto após um ano.
Cateterismo cardíaco
Apto após 30 dias.
Cintilografia
Apto após sete dias.
Cirurgias vasculares complexas (excetuando-se varizes e traumas vasculares periféricos)
Inaptidão definitiva.
Cirurgias adenoma prostático
Apto após três meses.
Cirurgias cardíacas
Inaptidão definitiva.
Cirurgias de hipófise
Inaptidão definitiva.
Cirurgias de paratireoide
Apto após seis meses.
Cirurgias de suprarrenal: feocromocitoma
Inaptidão definitiva.
Cirurgias de tireoide
Apto após seis meses.
Cirurgias dermatológicas de pequeno porte
Apto 30 dias após alta.
Cirurgias endoscópicas
Apto após um ano.
Cirurgias ginecológicas de grande porte
Apto após seis meses.
Cirurgias ginecológicas de pequeno porte
Apto após três meses após alta.
Cirurgias malformação renal
Sem sequelas funcionais: apto após seis meses.
Cirurgias oftalmológicas com acesso ao SNC
Apto após três meses, sem sequelas.
Cirurgias oftalmológicas de pequeno porte (pterígio, catarata, miopia, laser)
Apto 30 dias após a alta.
Cirurgias ortopédicas
Apto após seis meses.
Cirurgias patológicas benignas da mama
Apto após seis meses.
Cirurgias plásticas de médio e grande porte
Apto após seis meses.
Cirurgia plástica de pequeno porte
Apto após três meses.
Cirurgias urológicas de pequeno porte (vasectomia, fimose, hipo e epispádia)
Apto 30 dias após alta.
Cirurgias varizes de mmii
Apto após três meses.
Colecistectomia
Apto após seis meses.
Colectomia
Apto após 1 ano.
Curetagem
Apto após seis semanas, se pós-aborto; demais causas, até a cura.
Diu (dispositivo intrauterino)
Apto
Enterectomia
Inaptidão definitiva.
Enxertos heterólogos de tecidos
Apto após um ano.
Esclerose de varizes de mmii
Apto três dias após procedimento.
Esplenectomia
Inaptidão definitiva.
Esplenectomia pós-traumática
Apto após um ano.
Exames com contrastes aéreos
Apto após 30 dias.
Exames com contrastes baritado
Apto.
Exames com contraste iodado
Apto após 30 dias.
Extração cálculos
Apto após três meses.
Gastrectomia total e subtotal (incluindo cirurgia bariátrica e colocação do anel)
Inaptidão definitiva.
Hemorroidectomia
Apto após três meses.
Hepatectomia pós-trauma, doação, malformação
Apto após um ano.
Hernioplastia
Apto após três meses.
Infiltração articular
Apto após 15 dias.
Laminectomia
Apto após seis meses.
Laparoscopia
Apto após um ano.
Laparotomia branca
Apto após três meses.
Lipoaspiração
Apto após seis meses.
Litotripsia (a laser)
Apto após 30 dias.
Lobectomia
Inaptidão definitiva.
Mielografia
Apto após 30 dias.
Nefrectomia por patologias que não malformação renal
Inaptidão definitiva.
Nefrectomia pós-trauma, doação, malformação
Apto após seis meses.
Parto cesariana
Apto após seis meses.
Parto normal
Apto após 12 semanas.
Pleurostomia
Apto após três meses.
Pneumectomia
Inaptidão definitiva.
Procedimentos com radioisótopos
Apto após sete dias.
Punção articular
Apto após 15 dias.
Punção nódulo mamário
Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.
Ressecção de aneurisma
Inaptidão definitiva.
Ressecção de varizes
Apto após três meses.
Simpatectomia
Apto após um ano.
Tireoidectomia, cirurgias de tireoide
Apto após seis meses.
Toracocentese
Apto após seis meses.
Transplante de córnea
Inaptidão definitiva.
Transplante de duramater
Inaptidão definitiva.
Transplante de órgãos alo e xeno
Apto após um ano.
Traumas vasculares periféricos
Apto após 30 dias.
Vagotomia super-seletiva
Apto após seis meses.

Vacinas

Algumas vacinas são produzidas com microrganismos vivos atenuados (enfraquecidos) que não causam doença em pessoas sadias. Em algumas situações em que a pessoa encontra-se debilitada como, por exemplo, quando está em uso de grandes doses de corticoides, em quimioterapia ou com doenças graves como o câncer, a vacina pode levar à ocorrência da doença. Estas vacinas geram um período de inaptidão maior, com o objetivo de que a resposta imunológica do receptor já tenha eliminado o microrganismo por ocasião da doação.

As vacinas produzidas a partir de microrganismos mortos também impedem a doação, porém, por períodos menores; em virtude da possibilidade de ocorrência de reações adversas nos dias subsequentes à sua administração e de reações cruzadas nos exames sorológicos realizados no sangue doado.

Vacina
Tempo de Inaptidão
Vacinas de Vírus ou Bactérias Vivos e Atenuados
Pólio Oral (Sabin)



Três semanas
Febre Tifoide Oral
Caxumba (Parotidite)
Febre amarela
Sarampo
BCG
Rubéola

Quatro semanas
Varicela (Catapora)
Varíola
Vacinas de Vírus ou Bactérias Mortos, Toxoides ou Recombinantes
Cólera







48 horas
Pólio (Salk)
Difteria
Tétano
Febre Tifoide (Injetável)
Meningite
Coqueluche
Hepatite A
Peste
Pneumococo
Leptospirose
Brucelose
Hemophillus influenzae
Hepatite B recombinante
HPV
Influenza (gripe)
Quatro semanas
Outras Vacinas
Soro Antitetânico
Quatro semanas
Antirrábica profilática
Antirrábica após exposição animal

Um ano
Hepatite B (derivada de plasma)
Imunoterapia Passiva

Doenças

Câncer

Em qualquer parte do corpo, impede a doação de sangue em definitivo; exceto se for carcinoma “in situ” do colo do útero ou carcinoma basocelular (tipo de tumor de pele).

Da pele

O triagista irá avaliar a localização e extensão das lesões, além da causa. Algumas doenças podem impedir a doação pelo risco de contaminação do sangue no momento da coleta; outras, por apresentarem uma reação sistêmica. A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças dermatológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Abscessos
Apto 15 dias após término do tratamento.
Acne comum
Apto.
Acne rosácea
Apto 30 dias após término do tratamento.
Cisto pilonidal
Inapto por 15 dias
Eczema alérgico intenso ou grave
Apto seis meses após a cura.
Eczemas alérgicos leves: apto sete dias após o término das manifestações clínicas ou do tratamento.
Erisipela
Apto após 14 dias do término do tratamento.
Eritema nodoso infeccioso
Apto após três meses da cura.
Eritema nodoso não infeccioso
Se não houver contraindicação definitiva pela doença de base (p ex: Crohn, sarcoidose), apto após seis meses.
Eritema polimorfo (associado à reação medicamentosa)
Inaptidão definitiva.
Eritrodermias
Apto seis meses após a cura.
Gangrena
Inapto, pelo menos, seis meses após término do tratamento, de acordo com a doença de base.
Lesões de pele no local da punção venosa
Inapto até cura.
Líquen plano
Apto seis meses após a cura.
Micoses
Apto desde que não haja acometimento no local de punção.
Pênfigo
Inaptidão definitiva.
Psoríase
Pequeno comprometimento estritamente cutâneo, local de venopunção sem lesões, sem uso de medicamentos: Apto.
Manifestação sistêmica, como hemangioma, extensa ou em uso de medicamentos: inaptidão definitiva.
Ptiríase rósea
Apto.
Ptiríase versicolor
Apto, desde que não haja acometimento no local de punção.
Radiodermatite
Inaptidão de acordo com a doença de base
Úlcera arterial
Inaptidão definitiva.
Verruga comum
Apto.
Vitiligo
Apto.

Do aparelho digestivo (esôfago, estômago, intestinos, fígado)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças gastrointestinais poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Cirrose hepática
Inaptidão definitiva.
Colite pseudomembranosa
Aguardar 30 dias após término do tratamento.
Colite ulcerativa
Inapto definitivo
Diarreia aguda inespecífica
Avaliação de acordo com a etiologia e condição clínica do candidato. Apto sete dias após a cura, sem repercussão clínica.
Diarreia aguda
Diarreia de provável origem viral: apto após sete dias. Provável origem bacteriana: Apto após 15 dias. Gastroenterite: ver item correspondente.
Diarreia crônica
De acordo com etiologia
Diarreia persistente
De acordo com etiologia
Divertículos
Assintomático: apto. Crise aguda sem internação: 30 dias após término do tratamento. Com internação: 3 meses após término do tratamento.
Doença de Crohn
Inaptidão definitiva.
Esofagite crônica
Tratamento inicial: aguardar 30 dias. Tratamento de manutenção e assintomático: apto.
Estenose esofagiana
Inapto definitivo.
Gastrite aguda
Se não houve hemorragia e/ou realização de endoscopia, aguardar 15 dias. Caso contrário, será considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastrite crônica
Liberação de acordo com etiologia. Se inespecífica: considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastroenterite aguda
Aguardar 15 dias após cura.
Hepatite medicamentosa
Apto seis meses após a cura. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos
Hérnia hiatal
Na ausência de esofagite não há contraindicação.
Hipertensão porta
Inapto definitivo
Icterícia de etiologia desconhecida
Inapto definitivo
Infarto mesentérico
Inaptidão definitiva.
Litíase biliar
Apto 30 dias após última crise de cólica biliar.
Pancreatite aguda, inclusive medicamentosa
Apto seis meses após recuperação. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos.
Pancreatite crônica
Inaptidão definitiva.
Pólipos intestinais
Será avaliada realização de colonoscopia.
Retocolite ulcerativa
Inaptidão definitiva.
síndrome de Gilbert
Assintomático, apto. Sintomático: aguardar 15 dias.
Trombose da veia porta
Inaptidão definitiva.
Úlcera gástrica e duodenal
Apto após 30 dias do término do tratamento. Será considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.

Do sistema nervoso

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças neurológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Acidente vascular cerebral
Inaptidão definitiva.
Aneurismas intracranianos
Inaptidão definitiva.
Convulsão febril, metabólica ou pós-trauma
Apto após dois anos sem sintomas ou sem medicamentos.
Convulsão por epilepsia
Inaptidão definitiva.
Depressão
Verificar o item sobre uso de medicamentos. A doença deverá estar controlada.
Derivação ventriculoperitoneal
Sem sequela e sem história de infecção recorrente:apto.
Doença de Alzheimer
Inaptidão definitiva
Doença de Guillain-Barret
Inaptidão definitiva.
Doença de Parkinson
Inaptidão definitiva.
Doenças que gerem imputabilidade jurídica
Inaptidão definitiva.
Enxaqueca
Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.
Epilepsia
Inaptidão definitiva.
Esclerose em placa
Inaptidão definitiva.
Esclerose lateral amiotrófica
Inaptidão definitiva.
Esquizofrenia
Inaptidão definitiva.
Hematoma sub e extradural
Apto após um ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas.
Labirintite
Apto 30 dias após crise e sem uso de medicamentos.
Leucoencefalites progressivas
Inaptidão definitiva.
Lipotímias
Se sucessivas ou hipotensão prolongada: inapto até esclarecimento.
Meningite
Ver doenças infecciosas.
Miastenia gravis
Inaptidão definitiva.
Neurofibromatose
Forma maior: inaptidão definitiva. Forma menor: apto, desde que não acometa a área de punção.
Nistagmo/outros movimentos irregulares do olho
Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão
Paralisia cerebral
Inaptidão definitiva.
Paralisia de bell
Apto.
Psicoses
Inaptidão definitiva.
Traumatismo craniano
Apto após um seguir ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas.

Do aparelho urinário (rins, bexiga)

A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho urinário poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Aborto
Aguardar 12 semanas.
Amamentação
Inapto até suspensão ou 12 meses após parto.
Atraso menstrual
Mulheres em idade fértil devem aguardar ocorrência da menstruação ou comparecer após terem consultado médico e definido diagnóstico. Algumas doenças que causam alteração do ciclo menstrual podem também impedir a doação.
Candidíase
Inapto até sete dias após término do tratamento.
Cistite
Apto 15 dias após cura sem sintomas.
Cistos renais isolados
Apto.
Clamídia
Apto após sete dias do tratamento
Climatério independente de reposição hormonal
Apto
Cólica nefrética
Apto após 30 dias do término do tratamento.
Doenças renais crônicas
Inaptidão definitiva.
DST (doenças sexualmente transmissíveis)
Apto após um ano do tratamento.
Endometriose
Apto
Glomerulonefrite aguda
Apto após 30 dias do término do tratamento, sem sequelas.
Gonococcia
Apto após um ano do tratamento.
Gravidez
Inaptidão temporária. Prazo de liberação de acordo com desfecho.
Herpes simples genital
Se a primeira vez que apresenta sintomas, aguardar 12 meses; se for recidiva, apto após cura das lesões.
HPV
Apto após cura das lesões.
Insuficiência renal crônica
Inaptidão definitiva.
Litíase renal
Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.
Malformação renal
Apto, se não houver alteração funcional.
Menstruação
Apto
Nódulo mamário não especificado
Avaliação caso a caso para definição do tempo de inaptidão.
Pielonefrite
Apto seis meses após a cura sem sequelas.
Punção nódulo mamário
Aguardar resultado. Se houver infecção secundária, deverá aguardar 15 dias após a cura.
Rins policísticos
Inaptidão definitiva.
Síndrome nefrítica aguda
Será avaliada a doença de base para definição do tempo de inaptidão.
Síndrome nefrítica crônica
Inaptidão definitiva
Síndrome nefrótica
Inaptidão definitiva
Vaginites
Apto após sete dias do tratamento
Uretrites
Apto 30 dias após a cura, exceto se de origem gonocócica.
Uropatia obstrutiva e por refluxo
Será avaliada doença de base para definição do tempo de inaptidão.
Salpingites
Apto após três meses, exceto se de origem gonocócica.

Do pulmão, brônquios e traqueia (aparelho respiratório)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho respiratório poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Abscesso pulmonar
Apto após 1 ano da cura.
Asma grave
Inaptidão definitiva.
Asma leve (menos de 1 crise/trimestre controlada com inalatórios)
Apto uma semana após a crise e sem uso de medicamentos.
Bronquite aguda
Apto 15 dias após cura.
Corpulmonale
Inaptidão definitiva.
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Inaptidão definitiva.
Fibrose pulmonar idiopática
Inaptidão definitiva.
Gripe a (H1N1) ou gripe suína
Ver item sobre infecções.
Hipertensão pulmonar
Inaptidão definitiva.
Micose pulmonar
Inaptidão definitiva.
Otite aguda ou crônica
Apto 15 dias após cura.
Pleurite (exceto se tuberculose)
Apto seis meses apos tratamento.
Pneumoconioses
Inaptidão definitiva.
Pneumonia intersticial
Inaptidão definitiva.
Pneumonia por hipersensibilidade (alérgica)
Inaptidão definitiva.
Pneumonia tratamento ambulatorial
Apto três meses após cura.
Pneumonia tratamento hospitalar
Sem drenagem: apto após três meses. Com drenagem: apto após 6 meses.
Pneumonite por drogas (amiodarona, nitrofurantoína, etc)
Inaptidão definitiva.
Pneumotórax espontâneo
Apto após três meses.
Sinusite aguda ou crônica
Apto 15 dias após cura.
Status asmaticus
Inaptidão definitiva.
Trauma torácico (contusão pulmonar, hemotórax)
Apto após seis meses.
Tromboembolismo pulmonar
Inaptidão definitiva.
Tuberculose miliar
Inaptidão definitiva.
Tuberculose pulmonar
Apto após cinco anos do término do tratamento sem sequelas.

Infecções

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Actinomicose
Apto 60 dias após a cura.
Amebíase intestinal
Apto após término do tratamento, assintomático.
Amebíase visceral
Apto seis meses após tratamento, com sorologia negativa.
Ancilostomíase
Apto.
Ascaridíase
Apto.
Babesiose
Inaptidão definitiva.
Balantidíase
Apto após o término do tratamento e na ausência de sintomas
Bartonelose
Apto 15 dias após alta.
Blastomicose
Inaptidão definitiva.
Borreliose
Apto seis meses após a cura.
Botulismo
Apto três meses após a cura.
Brucelose
Inaptidão definitiva.
Candidíase esofageana, oral
Apto 30 dias após alta e definida a causa.
Candidíase genital
Ver doenças genitourinárias.
Carbúnculo
Apto 15 dias após alta.
Caxumba
Apto 21 dias após a cura.
Cisticercose
Neurocisticercose: apto após tratamento se nunca teve convulsões. Demais formas: apto após tratamento.
Cisto hidático
Inaptidão definitiva.
Citomegalovirose
Apto três meses após a cura.
Clamídia
Apto 15 dias após a cura.
Cólera
Apto três meses após a cura.
Coqueluche
Apto 30 dias após a cura.
Dengue clássico
Apto 28 dias após a cura.
Dengue hemorrágico
Apto seis meses após a cura.
Difteria
Apto 15 dias após a cura.
Doença de Chagas
Inaptidão definitiva.
Doença de Creutzfeldt-Jakob
Inaptidão definitiva.
Doença de Lyme
Apto seis meses após a cura.
Doença do Oeste do Nilo
Apto 60 dias após a cura.
Echinococose alveolar
Inaptidão definitiva.
Encefalites virais agudas
Apto seis meses após a cura, se não ficou com sequelas.
Enterovirose
Apto após três meses da cura.
Escarlatina
Apto 15 dias após a cura.
Esquistossomose hepática
Inaptidão definitiva.
Esquistossomose hepatoesplênica
Inaptidão definitiva.
Esquistossomose intestinal
Apto após tratamento.
Esquistossomose outras formas
Apto após tratamento, se não ficou com sequelas.
Estafilococcia
Apto 15 dias após a cura.
Estreptococcia
Apto 15 dias após a cura.
Febre Amarela
Apto após seis meses da cura.
Febre tifoide e paratifoide
Apto após três meses da cura.
Febres hemorrágicas
Apto após seis meses da cura.
Filariose
Inaptidão definitiva.
Gripe A Ou Influenza A (H1N1) ou gripe suína
Casos suspeitos ou confirmados: apto 15 dias após o desaparecimento dos sintomas
Avaliar a ocorrência de complicações e considerar o tempo de inaptidão correspondente.
Os contatos de casos confirmados ou suspeitos devem aguardar 15 dias para nova candidatura à doação.
Hanseníase
Inaptidão definitiva.
Hbv Infecção
Inaptidão definitiva.
Hcv Infecção
Inaptidão definitiva.
Hepatite A
Apto, se antes dos 10 anos.
Hepatites b, c e d em qualquer idade
Inaptidão definitiva.
Hepatite após os 10 anos, independente da sorologia ou hepatite viral após 10 anos de idade
Inaptidão definitiva.
Herpes simples labial
Apto após cura das lesões
Herpes zoster
Aguardar seis meses. Será avaliada possibilidade de imunocomprometimento.
Larva migrans
Apto sete dias após tratamento.
Histoplasmose
Apto um ano após a cura.
HIV infecção
Inaptidão definitiva.
HTLV infecção
Inaptidão definitiva.
Infecções de vias aéreas superiores bacterianas
Apto 15 dias após cura.
Infecções de vias aéreas superiores virais
Apto sete dias após o término do tratamento.
Legionelose
Apto três meses após a cura.
Leishmaniose cutânea
Apto após seis meses do término do tratamento.
Leishmaniose visceral
Inaptidão definitiva.
Leptospirose
Apto após seis meses da cura.
Malária Febre Quarta (infecção por Plasmodium malariae)
Inaptidão definitiva.
Malária febre terçã
Apto após três anos da cura.
Meningite
Apto seis meses após a cura, sem sequelas.
Micobactérias atípicas
Inaptidão definitiva.
Micoplasma
Apto um ano após a cura.
Micoses viscerais
Inaptidão definitiva.
Mononucleose
Apto após seis meses da cura.
Nocardiose
Apto após 60 dias da cura.
Oxiuríase
Apto.
Parvovirose
Apto seis meses após a cura.
Peste bubônica (Yersinia pestis)
Apto seis meses após a cura.
Poliomielite
Apto após a cura.
Rickettsioses
Apto 15 dias após alta (com normalização dos exames).
Rubéola
Apto 14 dias após a cura.
Salmonelose
Apto 60 dias após a cura.
Sarampo
Apto 21 dias após a cura.
Sars
Candidatos provenientes de área endêmica:- assintomático: aguardar três semanas;
- sintomático, provável caso: aguardar três meses após término do tratamento;
- sintomático, caso suspeito: aguardar um mês após término do tratamento;
- sintomático, excluída possibilidade de SARS: seguir normas de triagem de rotina.
Sepse
Apto seis meses após a cura.
Sífilis
Apto 1 ano após o término do tratamento. IMPORTANTE: será realizado um exame sorológico para detecção da sífilis que poderá ser reativo e impedir novas doações.
Tétano
Apto após seis meses.
Toxoplasmose
Apto um ano após a cura.
Tricocefalíase
Apto.
Triquinose
Apto.
Tuberculose Extrapulmonar
Inaptidão definitiva.
Varicela
Apto 21 dias após a cura.
Yersinia Enterocolítica
Apto seis meses após a cura.
Dos olhos

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Conjuntivite
Apto uma semana após a cura.
Blefarite
Apto uma semana após a cura.
Episclerite
Será avaliada doença de base.
Esclerite
Será avaliada doença de base.
Glaucoma
Apto, se controlado sem medicação. Em uso de medicação: apto após 48hs da suspensão do medicamento.
Hordéolo
Apto, uma semana após a cura.
Iridociclite
Será avaliada doença de base.
Irite
Será avaliada de base.
Neurite óptica
Apto, se não estiver em tratamento. Avaliar doenças de base.
Retinopatias
Será avaliada doença de base..
Retinose pigmentar
Apto.
Ttracoma
Apto após 12 meses do tratamento se cura sem cicatrizes.

Do coração e vasos sanguíneos (cardiovasculares)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Aneurismas grandes artérias
Inaptidão definitiva.
Aneurismas pequenas artérias
Inaptidão definitiva.
Angina
Inaptidão definitiva.
Angioma isolado intracraniano
Inaptidão definitiva.
Angioma isolado cutâneo
Apto desde que não atinja área de punção.
Angiomas múltiplos
Inaptidão definitiva.
Arritmias cardíacas, exceto arritmia sinusal, bradicardia sinusal e do atleta, extrassistolia, taquicardia sinusal e Tpsv
Inaptidão definitiva.
Arritmia sinusal (alteração da frequência cardíaca relacionada à respiração)
Apto.
Bloqueio de ramo direito
Apto, se não houver outras alterações cardiológicas. e eletrocardiográficas..
Cardiopatias Graves
Inaptidão definitiva.
Coronariopatia
Inaptidão definitiva.
Endocardite bacteriana sem sequelas
Apto após dois anos, sem sequelas.
Extrassistolia
Apto, se menos de 5 ES/min. Acima de 5 ES/min, será encaminhado para avaliação cardiológica.
Flebite de repetição
Inaptidão definitiva.
Infarto agudo do miocárdio
Inaptidão definitiva.
Insuficiência arterial
Inaptidão definitiva.
Insuficiência cardíaca
Inaptidão definitiva.
Malformações cardíacas
Inaptidão definitiva.
Miocardite
Sem sequelas: um ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.
Pericardite
Sem sequelas: um ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.
Ponte intramiocárdica
Inaptidão definitiva.
Prolapso válvula mitral
Apto, se ausência de insuficiência valvar e arritmias; caso contrário, inapto definitivo.
Sopro
Será necessário relatório de avaliação cardiológica para definição diagnóstica e conduta.
Taquicardia supraventricular paroxística
Será necessário relatório de avaliação cardiológica para definição de conduta.
Tromboflebite isolada
Apto seis meses após término do tratamento.
Trombose arterial
Inaptidão definitiva.
Trombose venosa profunda isolada
Apto seis meses após término do tratamento.
Valvulopatia congênita ou adquirida
Inaptidão definitiva.
Wolf-Parkinson-White
Inaptidão definitiva, exceto se já realizada ablação com relatório médico.

Do sangue (hematológicas)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.


Agranulocitose medicamentosa
Apto após seis meses.
Anemia ferropriva e por outras deficiências nutricionais
Apto após seis meses.
Anemias hereditárias
Inaptidão definitiva.
Aplasia de medula
Inaptidão definitiva.
Coagulação intravascular disseminada
Inaptidão definitiva.
Coagulopatias adquiridas e hereditárias
Inaptidão definitiva.
Esplenomegalia idiopática
Inaptidão definitiva.
Hemocromatose
Inaptidão definitiva.
Leucemias
Inaptidão definitiva.
Leucopenia
Será necessário relatório médico para avaliação da etiologia e definição de conduta.
Llinfomas
Inaptidão definitiva.
Mieloma
Inaptidão definitiva.
Neutropenia crônica
Inaptidão definitiva.
Policitemia
Inaptidão definitiva.
Poliglobulia primária
Inaptidão definitiva.
Poliglobulia secundária
Será necessário relatório médico para avaliação da etiologia e definição de conduta; porém, só doará dentro do limite exigido.
Porfirias
Inaptidão definitiva.
Púrpura trombocitopênica idiopática
Na criança: sem sequelas, apto. No adulto: inaptidão definitiva.
Traço falciforme
Apto para doação de sangue total. Aférese: inaptidão.

Do aparelho osteomuscular (ossos) e reumáticas

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Artrite Psoriática
Inaptidão definitiva.
Artrite Reumatóide
Inaptidão definitiva.
Artropatias Infecciosas
Apto após 1 ano da cura.
Artropatias Inflamatórias
Apto no caso de artrose ou pós traumática após controle dos sintomas.
Artrose
Apto.
Contusão Muscular
Apto após alta médica.
Derrame Articular
Apto após a cura. Será avaliada a causa.
Doença de Behçet
Inaptidão definitiva.
Doença de Wegener
Inaptidão definitiva.
Entorse articular
Apto após alta médica.
Esclerodermia
Inaptidão definitiva.
Espondilite anquilosante
Inaptidão definitiva.
Febre reumática
Inaptidão definitiva se com sequela. Sem sequelas, apto dois anos após a cura.
Fratura sem cirurgia (gesso)
Apto após 15 dias.
Gota
Apto se assintomático.
Lesão muscular traumática
Apto após alta médica.
Lupus eritematoso sistêmico
Inaptidão definitiva.
Malformação óssea Congênita
Apto.
Miopatias
Inaptidão definitiva.
Miosite
Inaptidão definitiva.
Osteomielite aguda
Apto dois meses após a cura.
Osteomielite crônica
Inaptidão definitiva.
Osteoporose
Primária: apto. Secundária: será avaliada doença de base.
Poliomiosite
Inaptidão definitiva.
Sarcoidose
Inaptidão definitiva.
Tendinites
Apto após alta médica. Secundária: será avaliada doença de base.

Das glândulas (endócrinas)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Adenoma da hipófise
Apto se controlado clinicamente, sem complicações ou fatores associados e sem história de uso de hormônio de crescimento.
Bócio eutireoidiano
Apto.
Diabetes insipidus
Inaptidão definitiva.
Diabetes mellitus tipo I ou II
Inaptidão definitiva.
Dislipidemia leve, sem uso de medicamentos
Apto
Dislipidemia moderada e grave ou em uso de medicamentos
Inaptidão até o término do tratamento medicamentoso.
Feocromocitoma
Inaptidão definitiva.
Hiperaldosteronismo
Inaptidão definitiva.
Hiperfunção de hipófise
Inaptidão definitiva.
Hiperlipoproteinemias
Se familiar, essencial, inaptidão definitiva.
Hipertireoidismo
Inaptidão definitiva.
Hipoglicemia
Apto, se assintomático.
hipopituitarismo
Inaptidão definitiva.
Hipotireoidismo
Apto após controle.
Insuficiência suprarrenal
Inaptidão definitiva.
Obesidade com tratamento não cirúrgico

Em caso de uso de fórmulas, serão verificadas as substâncias ativas presentes. Se não houver contraindicação pelo uso de medicamentos, será avaliado o índice de massa corporal (IMC).
IMC entre 30 e 39,9: apto.
IMC ≥ 40, será necessária a apresentação de relatório de endocrinologista para avaliação das condições clínicas e laboratoriais do candidato à doação.
Síndrome de Cushing
Inaptidão definitiva.
Tireoidite aguda e subaguda
Inaptidão até um ano após cura, sem sequela.
Tireoidite crônica
Inaptidão definitiva.
Tireoidite autoimune
Inaptidão definitiva.

Situações de risco acrescido para aquisição de 
doenças transmissíveis pelo sangue

Algumas doenças que são transmissíveis pelo sangue são adquiridas em situações comuns do dia a dia, como, por exemplo, acidentes com contato com sangue e secreções humanas, utilização de drogas e relacionamentos sexuais. Estas situações são avaliadas de maneira individual e sigilosa pelo profissional responsável pela triagem clínica. 

Adota-se alguns critérios mais detalhados a esse respeito, além dos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta conduta tem por base o princípio da proteção à segurança do receptor de sangue. As doenças infecciosas apresentam um período variável para positivação do exame, a partir da sua aquisição. Este período é conhecido como janela imunológica. Para a hepatite C, por exemplo, a janela imunológica pode variar entre 49 a 70 dias. Nesse período, os exames não conseguem detectar a doença, mas se o sangue dessa pessoa for utilizado para transfusão, o receptor deste sangue poderá ser contaminado. É por esta razão que é preciso fazer perguntas íntimas acerca do comportamento sexual dos candidatos à doação de sangue. A triagem clínica permite identificar as pessoas que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue, a partir da avaliação cuidadosa desse comportamento. Assim, o candidato deverá efetuar a doação somente após ter se passado tempo suficiente para que, caso tenha adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la. 



Referências  

1- RDC 153 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Brasília – DF – 2004 – disponível em http://www.anvisa.gov.br/sangue/legis/sangue_componentes.htm#resolucoes
2- A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores – Ministério da Saúde, Brasília – DF – 2005 – Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_abcde.pdf
3- Manual de Normas e Procedimentos de Atendimento ao Doador – Fundação Hemominas – 2010. Aprovação publicada no Minas Gerais em 09/07/2010.

Fonte: Diretoria Técnica - Fundação Hemominas