Oncologia

O papel fundamental do Farmacêutico no tratamento contra o câncer

O tratamento do câncer requer cuidado com uma equipe multidisciplinar, na qual fazem parte o médico, farmacêutico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, dentista, fisioterapeuta e assistente social.

O farmacêutico oncológico participa ativamente das atividades que envolvem a manipulação e gerenciamento dos medicamentos utilizados, fornecendo aos pacientes e membros da equipe informações técnicas, mantendo-se sempre atualizado sobre novos medicamentos e terapias, tornando-se peça fundamental para a garantia da qualidade dos procedimentos.

Através da assistência farmacêutica, é realizada pesquisa com os dados do paciente, medicamentos, suplementos, ervas e vitaminas para garantir que não haja interação e incompatibilidades dos mesmos já utilizados com os que serão administrados na quimioterapia, avaliando a indicação e posologia de cada medicamento em uso; além de alergias e sintomas que devem ser relatados, possibilitando assim maior segurança.

O farmacêutico é o responsável pela aquisição e avaliação técnica dos medicamentos, materiais, insumos farmacêuticos e produtos para a saúde, padronizados de acordo com os protocolos terapêuticos e de suporte, seu recebimento, transporte, armazenamento e conservação mantendo sua estabilidade, manipulação e a dispensação, geração e descarte de resíduos de produtos e medidas em caso de derramamento e extravasamento. Além da avaliação dos fornecedores para garantir a qualidade e manutenção preventiva dos equipamentos de acordo com as necessidades operacionais e normas estabelecidas pela legislação vigente.

Antes de iniciar cada ciclo da quimioterapia, o farmacêutico faz uma análise técnica da prescrição médica, onde confere os dados do paciente, protocolo, medicamentos, diluentes, cálculos de doses, ordem e velocidade de infusão dos medicamentos, via de administração e dados do prescritor. Se não houver qualquer intervenção, a prescrição é liberada para a equipe de enfermagem.

É privativo do farmacêutico manipular os medicamentos citotóxicos utilizados na quimioterapia, de acordo com a resolução 288/96 do Conselho Federal de Farmácia. Na área de manipulação dos medicamentos o controle de qualidade é contínuo e diário e o preparo deve ser realizado com técnica asséptica, em ambiente com infraestrutura apropriada, segundo as normas locais, padrões internacionais e procedimentos pré-estabelecidos. O farmacêutico paramentado com todo o equipamento de proteção individual (EPI) e de acordo com as técnicas de biossegurança prepara o medicamento prescrito na dose de cada paciente e dispensa para a equipe de enfermagem para a administração e aplicação.

Estabelecer uma boa relação farmacêutico-paciente é fundamental para garantir a adesão do paciente e o sucesso do tratamento respeitando suas limitações, hábitos e motivação para cumprir o plano terapêutico, as terapias de suporte e complementares. O farmacêutico deve aconselhar e monitorar a terapia farmacológica, aconselhando o paciente com todas as informações necessárias quanto ao modo correto de usar e armazenar os medicamentos, alertando sobre os prováveis efeitos colaterais e interações com outros medicamentos, suplementos e alimentos, efeitos na gravidez e amamentação para seguir corretamente as orientações médicas, buscando encontrar e resolver de maneira sistematizada e documentada todos os problemas relacionados com os medicamentos que apareçam no transcorrer do tratamento. Sendo assim o paciente pode vir a ter uma maior sobrevida e melhor qualidade de vida.

Titulação mínima

A redação do artigo 1º da Resolução nº 565/12 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), aprovada pelo plenário da entidade no dia 29 de abril de 2016, durante a sua 442ª Reunião Plenária estabelece que para atuar na oncologia, os farmacêuticos deverão, obrigatoriamente, ser detentores de titulação mínima ou comprovar cinco anos ou mais de atividade profissional nesta área. São reconhecidos como válidos para o exercício dessa prática farmacêutica os títulos emitidos pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos de Oncologia (Sobrafo), de pós-graduação latu sensu em oncologia reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e de residência em oncologia em programas credenciados pelo MEC ou Ministério da Saúde

Para saber mais acesse o site do Conselho Federal de Farmácia

Para mais informações sobre câncer, acesse o blog do Dr. Felipe Ades MD PhD

Este artigo foi criado exclusivamente para Farmacêutica curiosa.
É permitido divulgação desde que citado as fontes e créditos do autor e do site.

3 comentários:

  1. Amei a postagem, com toda certeza quero seguir essa área.

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  2. Adorei! Amo farmácia clínica e a atuação no setor da oncologia. Cada vez mais vejo o tamanho dá importância do conhecimento farmacêutico

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