sábado, 5 de outubro de 2013

Herpes Zoster: da causa ao tratamento

O herpes zoster ou “cobreiro” não deve ser confundido com o vírus do herpes simples que causa lesões na boca e nos genitais. Ele é, na verdade, decorrente da reativação do vírus da varicela (ou catapora).
Após uma infecção primária, que ocorre geralmente na infância, o vírus permanece incubado em algum nervo e, por razões diversas e ainda pouco conhecidas, é reativado. Embora causada pelo mesmo vírus, a reativação gera manifestação clínica diferente da infecção primária.

Não é transmitido por via respiratória, mas deve-se ter cuidado com a manipulação das feridas, já que estas contêm o vírus, o que poderia ocasionar uma transmissão.

Eventualmente, o vírus do herpes pode infectar os gânglios da raiz dorsal, provocando dor intensa na área correspondente ao gânglio infectado.

O herpes zoster se manifesta, geralmente em organismos predispostos, como pessoas idosas ou imunocomprometidas, transplantadas ou em tratamento quimioterápico.

A manifestação da doença geralmente inicia com dores de cabeça, febre, dores nevrálgicas, além de coceira e ardência locais. Após poucos dias, surgem erupções vesiculosas na pele, que tendem a seguir a área do nervo afetado.

A lesão tem duas características: costuma ser em “faixa”, ao longo do dermátomo, e não ultrapassar a linha média do corpo.

A reativação do vírus na face causa perda da força muscular e até paralisia, normalmente temporárias. Por outro lado, se acometer a área dos olhos, provoca defeitos temporários na visão, ou pode, ainda, levar à cegueira. Nos casos em que afeta um dos nervos auditivos, pode ocorrer surdez parcial ou completa do ouvido afetado, ainda que esta normalmente seja passageira.

Na maioria dos casos a cura do zoster é espontânea, porém, o tratamento com antivirais podem reduzir a duração, a severidade e o risco de complicações da doença. Entretanto, em pacientes imunocomprometidos pode gerar complicações graves como pneumonias, encefalite, meningite asséptica, neuropatia motora periférica, mielite, vasculite, síndromes de AVC.

O tratamento é feito à base de medicamentos antivirais como aciclovir, famciclovir ou valaciclovir, que ajudam a atenuar a dor e as complicações e abreviam o tempo de duração da doença. Por vezes, a dor e o desconforto do herpes zoster podem ser intensos, sendo necessário fazer uso de anti-histamínicos para reduzir a coceira, pomada contendo capsaisina para diminuir o risco de neuralgia pós-herpética e analgésicos (inclusive opióides). Como a dor é de origem neurológica, drogas antidepressivas, como a amitriptilina ou a nortriptilina. Gabapentina ou pregabalina, também podem ser usadas para aliviar os sintomas, principalmente nos casos de nevralgia pós-herpética.

Fontes consultadas:

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?235

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/5391/herpes_zoster_facial.htm

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=487#sthash.pEbuJ0rN.dpuf

Fonte: Portal Educação

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