Investigadores dos EUA descobriram um novo mecanismo que mostra como uma mutação genética pode permitir que os tumores escapem à detecção pelo sistema imunológico.
Os investigadores explicaram que a resposta imunológica ao câncer é regulada por um equilíbrio entre as vias coestimulatórias e inibitórias, ou de ponto de controle. Os pontos de controle imunológicos regulam o sistema imunológico, prevenindo danos nos tecidos inflamatórios e doenças autoimunes.
Os investigadores afirmaram que uma via de ponto de controle imunológico é ativada pela PD-L1, uma molécula reguladora do sistema imunológico que suprime as respostas imunológicas quando interage com um receptor denominado PD-1.
A investigação mostrou que as células tumorais inibem a propagação de células T através de receptores de pontos de controle imunológicos, tais como o PD-1. A PD-1 e a PD-L1 interagem para inibir a função das células T enquanto aumentam a imunossupressão por células T reguladoras, ajudando as células tumorais a escaparem do sistema imunológico.
Os investigadores explicaram que o gene APC fornece instruções para a criação da proteína APC, que ajuda a controlar a frequência com que uma célula se divide e como se liga a outras células dentro de um tecido, podendo suprimir tumores, sendo que se uma cópia do gene APC tiver uma mutação, há uma maior probabilidade de desenvolver certos tipos de câncer.
Os investigadores verificaram que a β-catenina, um complexo formado pela proteína APC que desempenha um papel essencial na renovação de células estaminais e regeneração de órgãos, é necessária para a mutação da APC e o aumento dos níveis de PD-L1.
A investigação confirmou que as mutações do gene APC são sempre acompanhadas por níveis muito elevados de PD-L1, ou seja, se este gene for removido pode resultar na estimulação da PD-L1 em células cancerosas do cólon através do complexo β-catenina ligado ao promotor da PD-L1.
Os investigadores revelaram que no futuro pretendem analisar a eficácia de inibidores de pontos controle combinados com terapias existentes.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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