terça-feira, 3 de agosto de 2021

Adoçantes artificiais permitem distribuição de fármacos a órgãos com lesões

Investigadores da Universidade da Geórgia, EUA, verificaram que um pró-fármaco oral consegue fornecer monóxido de carbono para proteger os rins de lesões agudas.

Os investigadores explicaram que, embora o gás monóxido de carbono (CO) seja tóxico em grandes doses, este pode ter efeitos benéficos ao reduzir a inflamação e proteger as células contra lesões. 

Investigações anteriores mostraram os efeitos protetores do CO contra lesões nos rins, pulmões, trato gastrointestinal e fígado, entre outros órgãos. Como tal, os investigadores tiveram como objetivo conceber uma forma segura de fornecer CO a doentes através de fármacos.

Na investigação foram desenvolvidos fármacos que permitiram a administração oral de CO usando dois edulcorantes artificiais comuns, a sacarina e o acessulfame, como moléculas portadoras. 

Os investigadores conceberam as moléculas para libertar o CO no processo de decomposição, que é desencadeado pela exposição à água. 

Os investigadores testaram então o CO-306, administrando o fármaco que utiliza a sacarina como molécula transportadora, a ratos. Estes verificaram que o fármaco que reduzia os biomarcadores associados às lesões renais, indicando que poderia ser desenvolvido para ser uma terapia viável. 

A investigação mostrou que o modelo do rato imitou os mecanismos de lesão do tecido renal que ocorrem em doentes com lesões musculares intensas, anemia falciforme, um tipo comum de malária, cirurgia de bypass cardiopulmonar e sepses grave.

Os investigadores planeiam agora realizar estudos mais extensivos em modelos animais e avaliações de segurança do CO-306 antes de avançarem para estudos clínicos humanos, e planeiam também testar a eficácia do CO-306 contra outros tipos de lesões nos órgãos.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Nenhum comentário:

Postar um comentário