Investigadores da Alemanha relataram que, em média, 70% dos doentes tratados com inibidores do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR, na sigla em inglês) sofrem de toxicidade cutânea.
Os investigadores explicaram que os EGFR fazem parte da terapia de câncer orientada e são utilizados para o tratamento de diferentes tipos de câncer, como o câncer do pulmão, câncer da cabeça e do pescoço, câncer colorretal e câncer do pâncreas.
Esta investigação teve como objetivo analisar diferentes aspectos da erupção cutânea induzida por EGFR, para melhor compreender a erupção cutânea induzida pelo tratamento e encontrar biomarcadores preditivos do sucesso do mesmo.
Os investigadores procuraram associações de perfis de expressão de miRNA em soro, com a gravidade da erupção cutânea, a fim de identificarem os biomarcadores de previsão terapêutica.
Na investigação foi verificado que, nos doentes tratados com anticorpos monoclonais inibidores de EGFR, as concentrações séricas de miR-21 e miR-520e foram negativamente correlacionadas com a gravidade da erupção cutânea, enquanto nas concentrações de miR-31, foi observada uma correlação positiva.
Os investigadores sugeriram que a expressão de miR-21, miR-31 e miR-520e pode ser um marcador dependente de tratamento de erupções cutâneas induzidas por EGFR.
Os investigadores analisaram os ligandos EGFR como a epiregulina, anfiregulina, e o fator de crescimento de hepatócitos como biomarcadores de erupções cutâneas e verificaram que estes eram inversamente proporcionais aos graus de toxicidade cutânea.
Os investigadores concluíram que como não foram analisadas amostras de soro de doentes antes de estes serem tratados com EGFR, não foi possível verificar se os efeitos encontrados se devem principalmente à terapia com EGFR ou se podem ser encontrados em doentes em geral. Como tal, no futuro estes pretendem confirmar estes dados.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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