terça-feira, 13 de julho de 2021

Avança entendimento do fígado gorduroso, doença ainda sem tratamento

Cientistas da USP avaliaram no nível molecular o que ocorre nas principais células envolvidas no início da doença - especialmente nas mitocôndrias.

A esteatose hepática, popularmente conhecida como fígado gorduroso, é caracterizada por um excesso de gordura no fígado, órgão responsável principalmente pelo metabolismo de nutrientes. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, essa é a mais frequente doença de fígado da atualidade, embora ainda não haja tratamento que não seja evitar os fatores de risco, como obesidade.

Ao buscar entender os mecanismos moleculares de metabolismo dessa condição, pesquisadoras do Instituto de Química (IQ) da USP descreveram – no nível molecular – o que ocorre no início da doença, e revelaram que as mitocôndrias, organelas celulares com papel central no metabolismo de moléculas de gordura (lipídios), comportam-se de forma diferente do que se pensava até então: mesmo fragmentadas, não deixam de exercer sua função. 

“Entender o envolvimento das moléculas é essencial para progredir no desenvolvimento de tratamento de doenças, isso traz novas ideias de como desenvolver novos fármacos”, afirma Alicia Kowaltowski, professora do IQ que orientou a pesquisa de doutorado de Pâmela Kakimoto.

Fonte: ciencia.usp.br

Reportagem: Guilherme Gama

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