quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Vacinação contra a hepatite A

A hepatite, também conhecida como “icterícia”, é uma inflamação do fígado que pode ter várias causas. A inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A está entre as doenças de viagem de ocorrência mais comum (“hepatite de viagem”). A infecção em geral ocorre como resultado da ingestão de alimentos.

A principal causa da infecção com a hepatite A é a transmissão do vírus através de água contaminada (ou gelo/cubos de gelo contaminados) ou do consumo de alimentos lavados com água contaminada (p. ex., frutas ou saladas). O vírus também é com frequência transmitido através de bebidas abertas ou frutos do mar (p. ex., mexilhões). Assim, ao se viajar para áreas nas quais os níveis de higiene deixam a desejar, coma somente alimentos cozidos ou bem passados. Ao beber líquidos, você deve evitar gelo ou cubos de gelo e bebidas abertas. Em vez disso, recomendam-se bebidas engarrafadas na fábrica.

O vírus ocorre especialmente no sul e no sudeste da Europa, na Ásia, África, América Central e América do Sul. Contudo, não apenas viajantes devem ser vacinados contra a hepatite A, mas também grupos de pessoas sob risco em decorrência da sua profissão, tais como profissionais de saúde de clínicas e laboratórios, educadores de creches e similares ou funcionários de instalações de tratamento de esgoto. Isso também se aplica a hemofílicos e pessoas com doenças hepáticas crônicas.

Dez anos de proteção contra a hepatite A com a vacinação feita na hora certa

O meio mais seguro de se proteger é a vacinação preventiva ativa contra a hepatite A. O seu médico vacinará você duas vezes usando uma vacina não viva com um intervalo de seis meses.  A vacinação completa protegerá você da hepatite de viagem por pelo menos dez anos.

Exceções à regra – anote

Em caso de viagem de última hora, o intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda vacinação não pode ser observado. Mas você deverá ainda assim ser vacinado contra a hepatite A, até mesmo um dia antes da viagem, uma vez que a imunização se desenvolve muito rapidamente (em dez dias, no máximo), enquanto o tempo de infecção (incubação) do vírus da hepatite A leva de 20 a 40 dias.

Neste caso, o que se conhece como “imunização passiva contra a hepatite” também seria possível, ainda que seja raramente usada. Ela consiste em anticorpos completos contra o vírus da hepatite A obtidos no sangue de pacientes infectados e processados em uma forma altamente purificada de maneira a criar uma vacina. A imunização passiva é injetada uma vez. A imunização dura aproximadamente três meses, mas durante esse período nenhuma vacinação pode ser realizada com vacinas vivas, como as do sarampo, caxumba e rubéola (MMR), porque os anticorpos capturariam e destruiriam essas vacinas.

Caso você seja uma pessoa que viaja com frequência (p. ex., para os trópicos) ou caso venha de um país com alta incidência de hepatite A, você deve solicitar ao seu médico que meça seus anticorpos contra a hepatite A antes de receber a primeira vacinação. Isso ocorre porque a imunidade pode já existir nesses casos e uma vacinação contra a hepatite A seria, portanto, supérflua.

Você pode encontrar informações mais detalhadas sobre a situação atual no país para o qual vai viajar nas páginas sobre viagens da Organização Mundial de Saúde (http://www.who.int/ith/en/). Aqui você encontrará um mapa-múndi atualizado para cada doença de viagem, com as áreas afetadas marcadas a cores (mapas de distribuição de doenças).

A melhor maneira de se proteger contra a infecção pela hepatite A é permitir tempo suficiente para ser vacinado antes da partida. Seis meses de intervalo é o ideal.

Ao viajar para países com baixos padrões de higiene, evite frutos do mar crus, bebidas abertas, gelo e cubos de gelo. Evite frutas e saladas, que podem ter sido lavadas com água contaminada.

Com informações de Univadis

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