Desenvolvida no Distrito Federal, procedimento usa lasers para a retirada de lentes defeituosas colocadas no globo ocular de pacientes com a lesão
Pacientes com catarata, lesão responsável por deixar opaco o cristalino do olho, agora podem contar com uma nova técnica para o tratamento de complicações oriundas da doença. Desenvolvido no Distrito Federal, o procedimento consiste no uso de lasers para a retirada de lentes defeituosas colocadas no globo ocular de quem sofre com a catarata.
De acordo com um dos criadores do método, o oftalmologista nascido nos EUA e naturalizado brasileiro Jonathan Lake, existem casos, embora raros, em que a lente artificial fica inutilizável pelo fato de também se tornar opaca ou “sobrar muito grau”. “É menos de 1% de chance [de ocorrer]. Mas quando acontece, o paciente sofre. O que conseguimos fazer é remover a lente defeituosa com corte mínimo. Como essa lente pode ser um pouco dura e grossa, é preciso ter habilidade para tirar. Você termina tendo que manipular mais, até porque o olho do paciente mexe. Com o laser, praticamente sem encostar no olho, a gente consegue fazer esses cortes”, explicou.
O especialista ressaltou ainda a recuperação mais rápida do paciente – que em vez de dez dias, cai para dois – e o risco menor de inflamação como as principais vantagens. Os primeiros testes com o método começaram em agosto de 2015, quando Lake constatou que, além do “olho natural” com catarata, o laser também conseguia quebrar a lente. O êxito do procedimento já foi reconhecido pela Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa e também pela Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (BRASCRS).
Com informações de Univadis
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