A redução da exposição a bactérias ou microrganismos pode influenciar o aumento dos casos de alergias na população, alertam especialistas espanhóis.
Apesar de não existir consenso acerca das causas para o aumento da prevalência de alergias, os especialistas nesta área apontam hipóteses relacionadas com higiene, contaminação ou predisposição genética, refere um comunicado da Sociedade Andaluza de Alergologia e Imunologia Clínica (AlergoSur), ao qual a agência Lusa teve acesso, que organizou a 43.ª reunião científica.
As alergias em geral, e as alimentares em particular, estão cada vez mais presentes na população, mas "não se sabe por que razão se registra este aumento", explicou Manuel Alcântara, alergologista no Hospital Ciudad de Jaén.
As principais teorias que tentam uma explicação referem a higiene, defendendo que "menos infecções e uma exposição reduzida a microrganismos faz com que o sistema imunitário reaja perante substâncias geralmente inócuas", referiu o especialista.
O sistema imunitário protege o organismo contra substâncias nocivas como as bactérias e os vírus, embora em determinados casos reaja a substâncias normalmente inofensivas, levando a uma reação exagerada, que não provocaria qualquer dano na maioria das pessoas, e pode afetar a saúde, com mais ou menos intensidade.
De acordo com Manuel Alcântara, o aumento de alergias na sociedade podem também dever-se a "fatores como a contaminação ou a predisposição genética", a que acresce o maior número de pessoas consultadas, o que permite diagnosticar mais casos.
O projeto Alergologia 2014, que será desenvolvido pela Sociedade Espanhola Alergologia e Imunologia Clínica, e pretende esclarecer os motivos para o aumento da frequência de consultas nesta área, em Espanha, também foi um dos temas analisados no encontro que se realizou no dia 25 e 26 abril.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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