terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Descoberta ligação entre baixa pressão sanguínea e aparência jovem nas mulheres

Um novo estudo sobre aparência e envelhecimento, realizado por cientistas da Unilever e da Leiden University Medical Center, na Holanda, revela que as mulheres que aparentam ser mais jovens tendem a ter baixa pressão sanguínea. Tal significa que têm um risco mais reduzido em contrair doenças cardiovasculares, como um ataque cardíaco ou um enfarte.

O estudo também determina a forte relação entre a idade aparente de uma pessoa e as doenças cardiovasculares. Para chegarem a esta conclusão, as mulheres foram divididas em grupos de acordo com o seu risco de doença cardiovascular e concluiu-se que, as que tinham um risco menor, aparentavam ser, no mínimo, dois anos mais novas do que as que estavam em outros grupos, com base em fotografias do seu rosto.

David Gunn, cientista sênior da Unilever, revela: “Identificamos que a pressão sanguínea nos conduzia à relação que existia entre a doença cardiovascular e a aparência. É a primeira vez que a relação entre a pressão sanguínea baixa e a aparência jovem é comprovada. Esta descoberta permite-nos, assim, comunicar os benefícios de um estilo de vida saudável.”

David Gunn acrescenta: "Descobrimos ainda que a forma como a pressão sanguínea se manifesta no rosto de uma pessoa não é através de rugas, mas naquilo a que chamamos de 'pele flácida'. O mais interessante é que investigações futuras vão permitir localizar, em detalhe, no rosto, a pressão sanguínea de uma pessoa”.

Numa outra conclusão do mesmo estudo, os homens que vêm de famílias com elevada esperança média de vida, aparentam ser muito mais jovens do que o grupo de controle da mesma idade. Mulheres e homens de famílias que têm uma esperança média de vida elevada têm menos rugas no antebraço do que o grupo de controle da mesma idade.

É a primeira vez que a aparência jovem de uma pessoa está intimamente ligada à longevidade de uma família e sugere que a nossa esperança de vida esteja associada ao ritmo de envelhecimento da nossa pele.

David Gunn afirma “As nossas primeiras conclusões indicam que as famílias que envelhecem de forma saudável também são dotadas de um envelhecimento de pele mais lento e, no caso dos homens, de uma aparência mais jovem. A próxima fase é compreender o que acontece no interior da pele destes indivíduos para conhecer mais sobre os seus segredos de envelhecimento”.

Diana Van-Heemst, da Leiden University Medical Center, considerou “Espera-se que os resultados do estudo incentivem as pessoas a adotar um estilo de vida saudável e a monitorizarem regularmente importantes parâmetros de saúde, como a pressão sanguínea, uma vez que esses fatores têm, não só um impacto na saúde, como podem afetar a aparência física”.

O estudo ‘Leiden Longevity’ envolveu irmãos com idades avançadas (superiores a 89 anos), os seus descendentes e os parceiros destes, como controle de idades semelhantes. Participaram no estudo mais de 650 descendentes e parceiros e os cientistas analisaram a severidade do enrugar da pele nos braços e a sua idade aparente, usando uma metodologia validada que envolve fotografias faciais.

Os resultados ajudarão a compreender melhor de que forma se pode estudar o envelhecimento de uma população, criando produtos e serviços de cuidado pessoal e nutricionais no futuro.

Fonte: www.cienciahoje.pt

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