Uma nova técnica de imageamento médico consegue informar ao cirurgião, em tempo real, o que é tecido saudável e o que é parte de um tumor.
Hoje, os cirurgiões precisam remover uma parte do tecido saudável para garantir que células doentes não permaneçam no paciente e deem início a um novo tumor.
Esse procedimento é particularmente indesejável no caso de tumores cerebrais, como o glioblastoma multiforme.
Espalhamento Raman
A nova tecnologia é baseada em uma espécie de microscopia a laser, que analisa o tecido ao nível microscópico, gerando uma imagem que mostra ao cirurgião até onde vai o tumor.
A equipe das universidades de Michigan e Harvard tiveram seus resultados publicados como destaque na capa da revista ‘Science Translational Medicine’.
Agora, o grupo está trabalhando para desenvolver a técnica, chamada microscopia SRS, para um ensaio clínico em humanos - os testes foram feitos em culturas celulares e no cérebro de cobaias.
"Nós precisamos de melhores ferramentas para visualização dos tumores durante a cirurgia, e a microscopia SRS é altamente promissora," disse o Dr. Daniel Orringer, membro da equipe. "Com a SRS podemos ver algo que é invisível ao microscópio cirúrgico convencional."
Espalhamento Raman
SRS é uma sigla para o inglês de "Espalhamento Raman Estimulado", uma técnica batizada em homenagem a Chandrasekhara Venkata Raman, físico indiano que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1930 por ter descoberto o fenômeno.
Em linhas gerais, o espalhamento Raman permite medir a assinatura química única de materiais, o que é feito medindo o sinal de luz que sai de um material depois de ser atingido pela luz de um laser.
Ao analisar cuidadosamente o espectro de cores do sinal refletido, os pesquisadores podem dizer muito sobre a composição química da amostra - o suficiente para separar um tecido saudável de um tumor, por exemplo.
Fonte: Diário da Saúde
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