Os
corticoides são substâncias encontradas em medicamentos anti-inflamatórios,
geralmente vendidos na forma de comprimidos, pomadas, soluções ou injetáveis.
Alguns desses medicamentos podem ser adquiridos sem receita médica e têm um
efeito imediato no controle e combate de várias doenças.
No
entanto, a automedicação com corticoides e o uso inadequado podem afetar
perigosamente a saúde do corpo, como explicaram a pediatra Ana Escobar e o
farmacêutico Tarcísio Palhano no Programa Bem Estar do dia 4 de dezembro 2012.
Para
evitar que isso aconteça, é preciso procurar orientação médica para que o
especialista indique a dose certa e o período adequado da utilização dos
corticoides.
Algumas
pessoas têm o mal hábito de guardar o que sobra dos medicamentos após o uso
prescrito pelo médico para utilizá-los em situações mais leves, como picadas de
insetos, pequenas lesões na pele ou até mesmo crises de tosse, o que não é
recomendado.
O
correto é utilizar o medicamento por tempo determinado, como por exemplo, por 7
dias seguidos. Se o medicamento for administrado por um tempo maior que este, o
médico geralmente orienta o paciente a fazer a interrupção gradual da ingestão
do corticoide já que a interrupção brusca do medicamento pode causar diversos
problemas.
O
paciente pode, nesse caso, ter taquicardia, choque, desidratação e até correr
risco de morte. Isso porque o corpo demora até dois dias para entender que
precisa de cortisol e, na falta do medicamento, pode se prejudicar.
Pessoas
com doenças crônicas não seguem essa indicação e normalmente têm que lidar com
os efeitos adversos desses medicamentos, utilizando-os por anos ou por tempo
indefinido.
Nesses
casos, elas podem desenvolver a síndrome de cushing, que pode causar inchaços,
ganho de peso, surgimento de celulites e estrias, apetite descontrolado,
aumento da produção de pelos no corpo e no rosto e fraqueza.
Além
desses sintomas da síndrome, o uso prolongado de corticoides pode causar também
afinamento da pele, gastrite, úlcera, problemas nos dentes, miopia, glaucoma,
catarata, osteoporose, insônia, depressão, acne, hipertensão e até mesmo
diabetes.
Segundo
o farmacêutico Tarcísio Palhano, uma das reações adversas mais graves é o bloqueio
da produção natural do cortisol. Quando o corticoide é ingerido, o corpo
interpreta que há níveis altos de cortisol no sangue e então diminui a produção
do hormônio, prejudicando o equilíbrio do organismo.
Para
diminuir esses efeitos adversos, existem algumas estratégias indicadas pelos
médicos como a administração de doses matinais únicas em dias alternados. Fora
isso, algumas atitudes podem ser combinadas, como o uso de suplementes de
cálcio e vitamina D, a prática de exercícios físicos e a restrição de sal na
alimentação.
Fonte:
G1
