O leite é essencial para a vida do recém-nascido, mas, em alguns casos, pode ser o vilão, principalmente antes das crianças completarem 1 ano. A alergia a proteína do leite é um mal que acomete as crianças nos primeiros meses de vida e se reflete em sintomas desagradáveis.
Bebês com um ou mais dos seguintes sintomas: vômitos, cólicas, diarreia, dor abdominal, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes, perda de peso e até dermatites (vermelhidão na pele) podem sofrer do que os médicos chamam de APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).
O que é a APLV?
Rara em adultos, a doença exige uma dieta especial: sem leite de vaca e seus derivados, o que inclui alimentos preparados com o produto. E atenção aos industrializados, que nesta etapa de vida nem deveriam ser utilizados; eles podem conter ingredientes derivados como caseína, caseinato, soro de leite e proteínas do leite.
Ao ouvir do pediatra a indicação de tirar o leite de vaca da alimentação dos bebês, os pais se assustam, afinal, como um alimento tão poderoso no início da vida pode trazer malefícios à saúde?
Depois de ser feito o diagnóstico, que vem após observação do médico, e da retirada do leite para verificação de melhora no quadro do paciente, recorre-se a uma fórmula especial para bebês que supre todas as necessidades.
É claro que as crianças que ainda recebem aleitamento materno deverão continuar com o hábito. As mães, porém, têm de seguir uma dieta também sem leite de vaca e seus derivados, já que a proteína responsável pela alergia nas crianças acaba por ser ingerida durante a amamentação.
E mais: leite de cabra e de outros mamíferos (ovelha, búfala) também não é indicado em casos de alergia ao leite de vaca.
Logo que o leite é retirado da alimentação, a criança já apresenta melhora nos sintomas. E a notícia boa: esse tipo de reação alérgica acaba em 90% dos casos quando a criança cresce, principalmente a partir dos 3 anos.
Outra questão importante é saber diferenciar a alergia à proteína do leite da intolerância à lactose – mais comum em adultos. No último caso, o paciente encontra dificuldades para digerir e absorver a lactose, o açúcar do leite. Os sintomas aparecem, em geral, logo após a ingestão, como diarreia, cólicas, distensão abdominal e náuseas. Esse tipo de diagnóstico, no entanto, é raramente encontrado nos pequenos.
Escrito por Izaura Ramos Assumpção

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