terça-feira, 27 de julho de 2021

Covid e testes para avaliar a efetividade das vacinas: entenda

 A vacinação avança e, com ela, o interesse das pessoas em conhecer o estado imunológico contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), ou seja, o interesse em saber se a vacina será efetiva diante de uma possível infecção. Para responder a essas dúvidas e inquietações, a Anvisa elaborou a Nota Técnica 33/2021, divulgada em março.  

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que não existe hoje uma definição sobre a quantidade mínima de anticorpos neutralizantes para conferir proteção imunológica contra infecções, reinfecções e formas graves da Covid-19. Também não se sabe quanto tempo dura a ação dessas moléculas. Em outras palavras: os testes sorológicos não dão conta de provar se o imunizante recebido por você funcionará.

Apenas uma parte dos anticorpos tem capacidade para agir contra o vírus e impedir a infecção de novas células. Esses anticorpos são chamados de neutralizantes e, portanto, desenvolvem respostas à infecção viral ou à vacinação. Para assegurar a proteção ao vírus, é preciso que sejam desenvolvidos estudos específicos que definam o número necessário de anticorpos, o tempo ativo deles no organismo etc. A ciência, neste momento, não dispõe dessas informações. 

Imunidade 

Os anticorpos são as estruturas mais faladas nesses tempos de Covid-19, mas o sistema de defesa dos indivíduos é formado por uma estrutura variada em que há outros fatores em jogo. Existe, por exemplo, a imunidade inata, que é a primeira resposta do organismo a uma infecção, além da imunidade celular.  Trata-se, portanto, de uma engrenagem complexa, que não depende apenas dos anticorpos. 

Isso não diminui a importância das vacinas e da imunização em massa. Muito pelo contrário. Os resultados dos ensaios clínicos, baseados em rígidos protocolos e analisados pela Anvisa antes de aprovar o uso emergencial das vacinas, são as melhores e mais importantes informações para afirmar se o imunizante, de fato, funciona. Além disso, vale a pena olhar os resultados obtidos em países onde a imunização está adiantada. Resumo da ópera: na ausência desses dados sobre anticorpos, é fundamental que mais pessoas sejam vacinadas, e no menor prazo possível, para o controle da pandemia.  

Assim sendo, nada de relaxamento ou de desespero caso um desses exames comprove a presença ou não de anticorpos. Por isso, a Anvisa e outras autoridades da área da saúde recomendam que, independentemente do resultado de um teste sorológico, as pessoas continuem seguindo as orientações sobre distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos.  

Confira a íntegra da Nota Técnica 33/2021. 

Fonte: Anvisa  

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