Um estudo recente demonstrou que os bacteriófagos poderão ser uns promissores substitutos dos antibióticos na gestão das bactérias prejudiciais gastrointestinais.
Os bacteriófagos são vírus que não infectam os humanos e naturais inimigos das bactérias, podendo atuar sobre bactérias específicas. Foi ainda observado que estes vírus promovem o desenvolvimento de bactérias benéficas que melhoram a saúde gastrointestinal, a função imunitária e os processos anti-inflamatórios.
Conduzido por Taylor C. Wallace da Universidade George Mason, e Tiffany Weir, da Universidade do Estado do Colorado, ambas nos EUA, o estudo foi dos primeiros a conduzirem ensaios clínicos sobre vírus que exterminam bactérias nocivas gastrointestinais.
Para o estudo, os investigadores contaram com a participação de 31 pessoas que apresentavam no início do ensaio clínico problemas gastrointestinais significativos, mas sem um diagnóstico específico de doença gastrointestinal.
Os participantes foram divididos em dois grupos, aos quais foram atribuídos, durante quatro semanas, um tratamento com bacteriófagos ou um placebo. Posteriormente, os grupos foram submetidos a um período de descanso, seguido de mais quatro semanas em que receberam o tratamento oposto ao que tinham recebido.
O grupo do tratamento recebeu quatro estirpes de bacteriófagos que eliminam especificamente a bactéria E. coli. Os participantes do grupo toleraram o tratamento muito bem, não tendo sido relatados efeitos adversos.
Foram observadas reduções no marcador inflamatório interleucina 4, que está associado a respostas alérgicas, assim como em várias espécies de bactérias nocivas e aumento de bactérias benéficas para a saúde.
“Usar vírus que infectam apenas tipos específicos de bactérias faz poupar as muitas boas bactérias nos intestinos que estão ligadas a numerosos resultados benéficos para a saúde a longo prazo. Demonstramos pela primeira vez que o tratamento com bacteriófagos não apresenta efeitos secundários aparentes, pelo menos com o uso de curta duração”, comentou Taylor Wallace.
Com informações de ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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