Uma das queixas mais frequentes da população - dor nas costas - poder ser mais do que simples "mau jeito". Pode ser sinal de uma doença crônica séria, inflamatória e progressivamente incapacitante - alerta Marcelo Pinheiro, reumatologista e Coordenador da Comissão de Espondiloartrites da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). "Pode ser uma espondilite anquilosante, uma doença reumática de caráter inflamatório, crônica, e progressivamente incapacitante, que tem como principal sintoma uma dor bastante comum, a dor nas costas".
A espondilite anquilosante (EA) é uma inflamação das articulações da coluna vertebral e de outras articulações, como quadris, ombros e membros inferiores. Acomete três vezes mais homens do que mulheres e pode apresentar os primeiros sintomas entre os 20 e 40 anos de idade. O diagnóstico correto pode demorar em média mais de cinco anos, pois a doença pode se apresentar em surtos de intensidade branda.
"Se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode levar à incapacidade física, com acentuada limitação dos movimentos e curvatura da coluna que dificulta o caminhar de forma ereta, ficando com o tronco curvado e a cabeça baixa – o paciente não consegue olhar para frente; somente para baixo", informa Dr. Pinheiro. "É importante conscientizar a população que as doenças reumáticas não só afetam as pessoas mais idosas e podem ser manifestar de diferentes formas. Por isso, o papel do especialista é importante – tanto para o diagnóstico correto, quanto para a escolha do tratamento adequado".
A espondilite anquilosante se caracteriza pela dor persistente (por mais de um mês) na coluna e que surge de modo lento ou insidioso, com rigidez matinal (diminui de intensidade durante o dia), melhora com exercício e piora com repouso. Pode se iniciar com dor nas nádegas, se espalhando pela parte posterior das coxas e inferior da coluna. A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor irradiada para o peito, que piora com respiração profunda, sentida ao redor das costelas. Alguns pacientes apresentam forte cansaço, perda de apetite e peso.
O diagnóstico é feito com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem (raios-X e ressonância magnética). O tratamento inclui fisioterapia, medicamentos (anti-inflamatórios e agentes imunobiológicos) e adoção de hábitos saudáveis, como não fumar e prática de exercícios físicos.
A agenda de eventos para conscientização da "EA" pode ser conhecida no site e redes sociais da SBR - www.reumatologia.org.br, Facebook e Twitter.
A SBR é uma associação civil científica, sem fins lucrativos, fundada em 1949, com o objetivo de promover o desenvolvimento cientifico e da especialidade no Brasil. Hoje, conta com mais de 2 mil associados, distribuídos em 24 sociedades regionais estaduais e mantem assessorias e comissões científicas por áreas de especialidade, além de representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde. A SBR é responsável pela certificação de especialistas em reumatologia, área médica que engloba mais de 120 diferentes doenças.
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Com informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
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