terça-feira, 19 de agosto de 2014

Stress afeta qualidade dos espermatozoides

O stress é prejudicial para os espermatozoides e para a qualidade do sêmen, afetando a sua concentração, aparência e capacidade de fecundar o óvulo, defende um estudo publicado na revista “Fertility and Sterility”.
Neste estudo os investigadores da Universidade de Columbia e da escola de Saúde Pública de Rutgers, nos EUA, contaram com a participação de 193 homens com idades compreendidas entre os 38 e os 49 anos. O stress no ambiente laboral, bem como aquele sentido no dia-a-dia foi medido de uma forma subjetiva e objetiva. Os participantes forneceram também amostras de sêmen tendo sido avaliada a concentração deste, bem como a aparência dos espermatozoides e a sua motilidade.


O estudo apurou que o stress, tanto o medido objetivamente como subjetivamente, degradava a qualidade do sêmen, mesmo tendo em conta a preocupação que os participantes tinham com a sua fertilidade, antecedentes de problemas reprodutivos ou outros problemas de saúde.

Os investigadores constataram que o stress sentido no ambiente laboral não parecia ter o mesmo efeito. Contudo, os autores do estudo acreditam que este tipo de stress pode ainda assim afetar a saúde reprodutiva, uma vez que os homens com stress laboral apresentam níveis mais baixos de testosterona. Estar desempregado teve efeitos ainda mais negativos, uma vez que estes homens têm, comparativamente com os homens empregados, espermatozoides de pior qualidade.

Ainda não se sabe ao certo de que forma o stress afeta a qualidade do sêmen. O estudo refere que o stress talvez despolete a produção de hormônios esteroides denominadas por glucocorticoides, que por sua vez alteram os níveis de testosterona e a produção de espermatozoides. Uma outra possibilidade envolve o stress oxidativo, o qual tem demonstrado afetar a qualidade do sêmen e a fertilidade.

"Há muito que sabe que o stress tem influência na saúde. O nosso estudo sugere que a saúde reprodutiva dos homens pode ser também afetada pelo seu ambiente social”, conclui, a primeira autora do estudo, Teresa Janevic.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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