Na incessante busca pela fórmula da juventude, o mercado de estética brasileiro vem investindo agora numa nova promessa a favor da beleza: a utilização do hormônio do crescimento GH em cosméticos de combate ao envelhecimento da pele. Apesar de ainda não existir estudos que comprovem tal eficácia e nem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), especialistas defendem que o uso tópico do ativo pode atenuar as rugas e a flacidez, além de melhorar a resistência do tecido cutâneo nos casos de psoríase, acne ou rosácea.
Produzido pela hipófise (glândula responsável pela síntese de hormônios que atua indiretamente no controle funcional de diversos órgãos do corpo humano), o GH age no organismo promovendo o crescimento das células. Apesar disso, com o passar do tempo, a sua produção diminui, abrindo espaço para a ação do natural de envelhecimento. Por essa razão, acredita-se que a sua reposição tende a atravancar esse processo.
Apesar de ainda não existir estudos que comprovem a eficácia do GH para fins estéticos, especialistas defendem que o uso do ativo em cosméticos pode atenuar as rugas e a flacidez, além de melhorar a resistência do tecido cutâneo nos casos de psoríase, acne ou rosácea
“No momento em que o cosmético com o hormônio é aplicado na pele, a produção de colágeno, elastina e de outros importantes nutrientes começa a ser estimulada, o que ajuda a amenizar a degradação celular, suavizar as rugas existentes e postergar o surgimento de novas”, explica Jomara Estefaneli, dermatologista do Instituto da Pelle, no Rio de Janeiro, e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Com base em alguns trabalhos científicos, têm sido desenvolvidos no mercado cosméticos formulados com derivados do GH, chamados de peptídeos. “Neles, também encontramos fatores de transformação do crescimento, que são uma proteína responsável por controlar a proliferação e diferenciação celular, além de outras funções das células, que tem o mesmo efeito do hormônio do crescimento na melhora da cútis”, explica Joyce Rodrigues, farmacêutica e diretora técnica da Mezzo Dermocosméticos, de São Paulo.
Geralmente, os itens desse tipo são indicados para todos os tipos de pele. “O que muda, na verdade, é o tipo de veículo utilizado: cremes para as mais maduras e ressecadas e loções para as mais jovens”, informa a dermatologista.
Apesar da boa fama recente, muitos especialistas ainda duvidam da eficácia do GH no âmbito da estética. Eles acreditam que a proteína não consegue penetrar na derme de forma satisfatória para promover os efeitos apontados. De qualquer forma, é fundamental procurar saber mais sobre o uso tópico do ativo e contar com o acompanhamento de profissionais qualificados antes de adotá-lo no dia a dia.
Fonte: Agencia Hélice/terra
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