quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Antidiabético abranda envelhecimento e aumenta longevidade

A metformina, o antidiabético mais amplamente utilizado, abranda o envelhecimento e aumenta a longevidade sugere um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
 
Os investigadores da Universidade de Leuven, na Bélgica, constataram que a metformina aumenta a libertação de moléculas tóxicas de oxigênio nas células o que, surpreendentemente, conduz a uma maior robustez e longevidade das células.

Apesar de estas moléculas serem prejudiciais, uma vez que causam danos no DNA, nas proteínas e afetam também o normal funcionamento das células, em pequenas quantidades podem ser benéficas. “Desde que a quantidade de moléculas tóxicas de oxigênio libertada nas células seja baixa, há um efeito positivo e duradouro. As células utilizam estas partículas reativas de oxigênio para seu próprio proveito antes de estas causarem danos”, explicou, em comunicado de imprensa, o primeiro autor do estudo, Wouter De Haes.

Neste estudo os investigadores verificaram que a metformina aumenta ligeiramente o número de moléculas tóxicas de oxigênio, o que torna as células mais fortes e aumenta também a sua longevidade.
Há muito que se acredita que as espécies reativas de oxigênio são a principal causa do envelhecimento. De fato a indústria alimentar e cosmética enfatizam a qualidades dos produtos antienvelhecimentos, nomeadamente dos cremes corporais, fruta, vegetais, chocolate, vinho tinto, os quais contém antioxidantes.

Apesar de os antioxidantes neutralizarem de fato as moléculas reativas de oxigênio, estes deitam por terra os efeitos antienvelhecimento da metformina uma vez que o fármaco depende da presença destas moléculas para funcionar.

Os investigadores referem que este estudo foi realizado num pequeno nemátodo, o qual tem uma longevidade de apenas três semanas, sendo por isso ideal para o estudo do envelhecimento. Os autores do estudo referem que apesar de os resultados terem sido bastante prometedores estes devem ser cuidadosamente extrapolados para os humanos.
 
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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