segunda-feira, 14 de julho de 2014

Gravidez tardia aumenta longevidade

As mulheres que naturalmente são capazes de ter crianças numa fase mais tardia da vida tendem a viver mais e as variantes genéticas que as permitem dar à luz nestas circunstâncias também poderão facilitar uma maior longevidade, sugere um estudo publicado no “The Journal of the North American Menopause Society”. 
“Isto não significa que as mulheres devam esperar até uma idade mais avançada para terem filhos de forma a aumentarem a sua longevidade. Contudo, a idade da última gravidez pode funcionar como um indicador do envelhecimento”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Thomas Perls.

Neste estudo, os investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos EUA, analisaram os dados biopsicossociais e genéticos de 551 famílias, nas quais muitos dos seus membros tinham uma longevidade excepcionalmente elevada. Os investigadores determinaram a idade em que 462 mulheres tinham tido o seu último filho e quantos anos tinham vivido. 

Os investigadores constataram que as mulheres que tinham tido o seu último filho após os 33 anos tinham uma probabilidade duas vezes maior de viverem até aos 95 anos ou mais, comparativamente com aquelas que tinham tido o último filho por volta dos 29 anos.

Estes resultados também indicam que as mulheres poderão ser as responsáveis pela evolução das variantes genéticas que abrandam o envelhecimento e diminuem o risco de genes associados à doença, que ajudam as pessoas a viver até idades extremas.

“Caso uma mulher tenha estas variantes, ela é capaz de reproduzir e dar à luz uma criança durante um maior período de tempo, aumentando a probabilidade de transmitir os seus genes à geração seguinte. Esta possibilidade pode explicar por que motivo 85% das mulheres envolvidas no estudo viveu até aos 100 anos e apenas 15% dos homens conseguiu atingir esta idade”, referiu o investigador.

De acordo com os investigadores, estes resultados são importantes em estudos futuros sobre a influência da genética na capacidade reprodutiva, pois podem ter impacto na taxa de envelhecimento e na suscetibilidade das pessoas às doenças associadas à idade.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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