terça-feira, 27 de maio de 2014

Pêssegos podem inibir metástases em cancro da mama

O tratamento de metástases de cancro da mama com extrato de pêssego revelou-se eficaz, indica um recente estudo publicado no “Journal of Nutritional Biochemistry”.
 Conduzido por investigadores da Texas A&M AgriLife Research, EUA, o estudo demonstrou que a combinação de compostos fenólicos presentes no extrato de pêssego é eficaz na inibição das metástases de cancro da mama, em ratinhos.

Para o estudo, a equipe implantou debaixo da pele de ratinhos um tipo agressivo de células cancerígenas da mama. Após algumas semanas, os investigadores perceberam a inibição de um marcador genético nos pulmões dos roedores, que tinham estado a consumir extrato de pêssego, o qual indicava uma inibição das metástases. 

A maioria das variedades de pêssego possui compostos polifenólicos semelhantes; no entanto, estes poderão diferir de acordo com a variedade do pêssego. Segundo os autores do estudo, o mecanismo segundo a qual os polifenóis do pêssego inibem as metástases é através da atuação e modulação da expressão gênica das metaloproteinases.

Segundo um dos autores do estudo Luis Cisneros-Zevallos, “de forma geral, os pêssegos possuem compostos químicos responsáveis pela exterminação das células cancerígenas sem afetarem as células normais, como mencionamos anteriormente”.

Esta investigação vem na sequência de um trabalho científico realizado anteriormente que demonstrava que os polifenóis dos pêssegos e das ameixas exterminavam, de forma seletiva, as células agressivas do cancro da mama, deixando ilesas as células normais.

Segundo Luis Cisneros-Zevallos, após terem calculado a dose necessária para obter os efeitos pretendidos nos ratinhos, calculou que nos humanos essa seria de dois a três pêssegos por dia. Este cálculo é importante, já que demonstra que este estudo pode beneficiar humanos.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, com uma população feminina de 5 milhões em Portugal, surgem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos casos por dia, morrendo 4 mulheres por dia com esta doença. Os grandes índices de mortalidade associados a esta doença são devidos às metástases, aponta Luis Cisneros-Zevallos.

Este estudo é muito relevante pois demonstra o efeito que poderão desempenhar os componentes naturais no combate ao cancro da mama e metástases. Poderá ser uma ferramenta adicional, incluída na alimentação, que poderá ajudar a prevenir e combater esta doença, conclui o investigador.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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