A partir de 2015, meninas de 9 a 11 anos vão ser incluídas na cobertura da vacina contra o HPV.
A partir de 2014, será ampliado o público-alvo para imunização contra o vírus HPV. Meninas de 11 a 13 anos vão poder tomar a vacina, distribuída gratuitamente em todo o País. Elas receberão as duas primeiras doses necessárias à imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada cinco anos após a primeira.
Com a adoção do esquema estendido, como é chamado, será possível ampliar a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre 9 e 11 anos de idade, sem custo adicional. A estratégia segue recomendação da Organização Pan Americana de Saúde (Opas) e foi discutida com especialistas brasileiros que integram o Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O esquema já é utilizado por países como Canadá, México, Colômbia, Chile e Suíça.
É a primeira vez que a população terá acesso gratuito a uma vacina que protege contra câncer. A meta é vacinar 80% do público-alvo, que atualmente soma 5,2 milhões de pessoas. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero, que apresenta a segunda maior taxa de mortalidade entre os cânceres que atingem as mulheres, atrás apenas do de mama. O imunobiológico para prevenção da doença é seguro e tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus.
Investimento
O Ministério da Saúde está investindo R$ 360,7 milhões na aquisição de 12 milhões de doses de vacina HPV. A inclusão da vacina no SUS foi possível graças ao acordo de parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP), com transferência de tecnologia entre o laboratório internacional Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan, que passará a fabricar o produto no Brasil. A economia estimada na compra da vacina durante o período de transferência de tecnologia é de R$ 154 milhões. Além disso, a produção do imunobiológico contará com investimento de R$ 300 milhões para a construção de uma fábrica de alta tecnologia pelo Instituto Butantan, baseada em engenharia genética.
Programa Nacional de Imunizações
O anúncio sobre a ampliação da cobertura da vacina HPV foi feito nesta quarta-feira (18) pelo Ministério da Saúde, durante cerimônia de comemoração aos 40 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Na ocasião, também foi confirmado para setembro a vacina de varicela na rede pública. A imunização contra hepatite A também está em processo de implantação. Atualmente, 96% das vacinas do PNI são produzidas no Brasil.
O calendário de vacinas do País conta com 25 vacinas. Entre elas, algumas que tiveram papel fundamental na erradicação de doenças como a dose contra poliomielite, febre amarela e varíola. Outro resultado de destaque é a ausência de registros da paralisia infantil há 22 anos e do sarampo, há dez anos.
O PNI do Ministério da Saúde, em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde, proporciona o acesso equânime aos imunobiológicos especiais aos grupos portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas e seus comunicantes, usuários com história associada a evento adverso pós-vacinação e profilaxia pré e pós-exposição a determinados agravos. Estão disponibilizados nos 42 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) das 27 unidades federadas.
O Brasil conta com mais de 34 mil salas de vacinação. O cidadão precisa estar atento às campanhas e ao calendário, que corresponde ao conjunto de vacinas prioritárias para o País. São quatro os calendários de vacinação, voltados para públicos específicos: criança, adolescente, adulto e idoso e população indígena. Todas elas são disponibilizadas gratuitamente nos postos da rede pública.
Fonte: Ministério da Saúde
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