Biópsia guiada por imagens
Cientistas da Universidade da Califórnia
demonstraram que o câncer da próstata pode ser diagnosticado
através de uma biópsia guiada por imagens.
Tradicionalmente identificada apenas pela chamada
"biópsia cega", a doença agora poderá ser monitorada de forma mais
precisa através de uma combinação de exame de ressonância magnética e ultrassom.
O estudo indica que a junção das duas técnicas
permite a realização de biópsias muito mais precisas do que a técnica usada
hoje, o que permite detectar os cânceres sérios mais precocemente.
Por outro lado, a técnica permite reduzir as
biópsias desnecessárias e eliminar tratamentos de cânceres da próstata não letais
- vários cânceres dispensam até mesmo o tratamento.
Biópsia cega
O estudo envolveu homens com níveis de PSA
sistematicamente elevados e pacientes sendo monitorados pela presença de
cânceres da próstata de crescimento lento.
A nova biópsia é realizada em 20 minutos, com o
paciente sob anestesia local.
Apesar de estar sendo alvo de críticas crescentes, o exame de PSA é o principal balizador
para a realização das biópsias para câncer de próstata - ainda que 75% delas
deem resultado negativo.
"É difícil de fazer imagens do câncer da
próstata em seus estágios iniciais por causa do pequeno contraste entre os
tecidos normais e os malignos no interior da próstata," explica o Dr.
Leonard Marks, um dos criadores da nova técnica.
É por isso que a coleta de tecido para análise é
chamada de biópsia cega, porque os médicos não estão vendo o que estão
coletando.
Combinação de exames
"Agora, com este novo método que mescla
ressonância magnética com ultrassom, nós podemos ver o câncer e capturar o
tecido correto de maneira muito mais precisa e racional," completou o
médico.
Os pesquisadores criaram um aparelho que funde as
imagens de ressonância magnética com um exame de ultrassom 3D em tempo real, permitindo ver qualquer lesão com
grande precisão.
Desta forma, o médico pode dirigir a coleta do
tecido para análise ou simplesmente descartar a necessidade da biópsia por
falta de indício de tecidos malignos.
Fonte:
Diário da Saúde
