Estrôncio
e magnésio
Pesquisadores
da Universidade Federal de Santa Catarina desenvolveram uma nova técnica para a
produção de ossos artificiais em laboratório.
O físico José
da Silva Rabelo Neto está aprimorando a adição de estrôncio e de magnésio em um
pó sintético, semelhante à composição do osso humano.
O resultado é
um "osso em pó" constituído por hidroxiapatita, um fosfato de cálcio
que forma 70% dos ossos.
O trabalho foi
apresentado no 9º Congresso Mundial de Biomateriais, realizado na China.
Osso
artificial
Entre as
vantagens do novo osso artificial estão a estimulação da densificação dos ossos
e a redução da rejeição.
"Ele pode
estimular a formação do osso natural na região em que for usado,"
destaca José, acrescentando que seu trabalho de desenvolvimento do osso
sintético com adição de elementos químicos é pioneiro no Brasil.
Para a síntese
dos ossos artificiais em laboratório são usadas soluções químicas sob parâmetros específicos e
controlados.
"Chama-se
de dopar o material", explica o pesquisador.
A incorporação
do estrôncio aumenta a massa óssea, estimula a formação dos ossos e melhora as
propriedades mecânicas do material.
O magnésio
provoca mudanças nos cristais que formam o pó, deixando mais semelhante ao osso
natural e diminuindo sua dissolução e fragilidade.
Osso
em pó
Uma das
aplicações do osso sintético em pó com adição das substâncias pode ser, por
exemplo, recobrir próteses metálicas usadas em articulações, prevenindo a
rejeição no corpo e melhorando a integração implante-osso.
Como o novo
material melhora a densidade óssea, ele também tem potencial para auxiliar no controle da osteoporose.
Fonte:
Diário da Saúde