Pesquisadores
do Instituto Karolinska, na Suécia, acreditam que a linagliptina, uma droga
utilizada no tratamento do diabetes tipo 2, pode também ser uma forma eficaz de
reduzir os danos causados por um derrame cerebral. Eles chegaram a essa
conclusão após realizar testes com camundongos que foram induzidos a um
derrame. Embora o estudo tenha observado esse efeito em animais diabéticos, que
possuem maiores chances de sofrer o evento, os autores acreditam que os
benefícios possam se estender a todos os grupos que têm alto risco de sofrer um
acidente vascular cerebral (AVC).
A
pesquisa induziu camundongos a desenvolver diabetes tipo 2 dando aos animais
uma alimentação rica em gordura durante 32 semanas. Nas sete semanas seguintes,
parte dos camundongos foi submetida a um tratamento com linagliptina e a outra
parte, a um tratamento com glimepirida, outra substância indicada para
tratamento contra o diabetes. No meio desse processo de tratamento, os animais
foram induzidos a um AVC.
Após
comparar os quadros de saúde dos animais antes e depois do derrame cerebral, os
pesquisadores observaram que a linagliptina é capaz de estimular uma
neuroproteção e reduzir de forma significativa os danos de um AVC,
independentemente do efeito do medicamento sobre os níveis de glicose no
sangue. Esse efeito não foi observado com a glimepirida. Os autores concluíram,
então, que a linagliptina pode ser um tratamento potencialmente eficaz para
prevenir e tratar derrames em pacientes diabéticos.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: The DPP-4 Inhibitor Linagliptin
Counteracts Stroke in the Normal and Diabetic Mouse Brain: A Comparison With
Glimepiride
Onde
foi divulgada: revista Diabetes
Quem
fez: Vladimer Darsalia, Henrik Ortsäter, Anna Olverling, Emilia Darlöf, Petra
Wolbert, Thomas Nyström, Thomas Klein, Åke Sjöholm e Cesare Patrone
Instituição:
Instituto Karolinska, Suécia
Resultado:
Camundongos diabéticos tratados com a droga linagliptina têm maior proteção dos
neurônios e apresentam menores danos após um AVC do que animais com diabetes
tipo 2 tratados com outro medicamento, a glimepirida
Fonte:
Portal Veja.com