Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que uma nova classe de moléculas consegue bloquear a morte de células nervosas em modelos animais. A descoberta pode levar a novos tratamentos contra doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica (ELA, que atinge o físico Stephen Hawking). Dois novos estudos sobre a substância foram publicados na revista especializada PNAS.
“Nós
acreditamos que nossa estratégia para identificar e testar estas moléculas em
modelos animais de doença nos provê um meio racional de desenvolver uma nova
classe de drogas neuroprotetoras”, diz Andrew Pieper, pesquisador da
Universidade de Iowa, e um dos autores dos dois estudos.
“Nós
estamos interessados no hipocampo porque lá novos neurônios nascem todos os
dias. Mas essa neurogênese é desacelerada por certas doenças e também pelo
envelhecimento”, diz o pesquisador. “Nós estávamos procurando por pequenas
moléculas que funcionam como medicamentos e que pudessem aumentar a produção de
novos neurônios e ajudar a manter o funcionamento apropriado do hipocampo.”
Um
dos resultados, por exemplo, mostra que a molécula consegue proteger as células
produtoras de dopamina. Nos pacientes com mal de Parkinson, a destruição delas
leva a tremores, rigidez e dificuldade em caminhar.
O
time de pesquisadores pretende agora continuar o estudo da P7C3 para melhora
sua habilidade neuroprotetora enquanto elimina possíveis efeitos colaterais.
“Nossa esperança é que este trabalho forme a base para o desenvolvimento de uma
droga neuroprotetora que um dia possa ajudar esses pacientes”, diz Pieper.
Fonte: biomedicos.com.br