O último medicamento contra a obesidade aprovado
nos Estados Unidos foi o Xenical (orlistat) da Roche em 1999.
A agência reguladora dos medicamentos nos Estados
Unidos aprovou pela primeira vez em 13 anos um medicamento para tratar a obesidade, o
Lorcaserin, comercializado como Belviq e fabricado pelo laboratório Arena
Pharmaceuticals.
"A Administração de Alimentos e Fármacos dos
Estados Unidos (FDA) aprovou hoje o Belviq (cloridrato de lorcaserin), como um
aditivo a uma dieta de baixas calorias e exercícios de sobrepeso crônico",
afirmou um comunicado.
A decisão da FDA segue a recomendação de um painel
de especialistas que, em 10 de maio, pediu a comercialização deste medicamento
para adultos obesos e com ao menos uma das doenças relacionadas ao excesso de
peso, como a hipertensão ou a diabetes.
O medicamento funciona controlando o apetite
através de receptores no cérebro mediante a ativação do receptor da serotonina
2C.
Os testes clínicos mostraram que o medicamento
ajudou os pacientes a perder uma média de 3 a 3,7% de seu peso corporal depois
de um ano, em comparação com um placebo, disse a FDA.
O fármaco foi aprovado para seu uso em adultos
obesos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais, e em adultos com
sobrepeso com um IMC de 27 ou mais que possuam ao menos uma doença relacionada
ao sobrepeso, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou colesterol alto.
"A obesidade ameaça o bem-estar geral dos
pacientes e é um importante problema de saúde pública", disse Janet
Woodcock, diretora do centro da FDA para a Avaliação e Pesquisa de Drogas.
"A aprovação deste fármaco, utilizado de
maneira responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudável,
oferece uma opção de tratamento para os americanos obesos ou que possuam ao
menos uma doença relacionada ao sobrepeso", acrescentou.
Também comercializado como Redustat, Slimella,
Beltas, Redicres ou Alli, fabricado por diversos laboratórios, este medicamento
funciona evitando que o corpo absorva gordura, mas seus efeitos secundários
gastrointestinais, como fezes oleosas, diminuíram sua popularidade entre os
pacientes.
Fonte: Agência France Press