domingo, 22 de janeiro de 2012

Planta medicinal é nova esperança no combate ao alcoolismo


 Planta medicinal antirressaca

Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) descobriram que um componente de uma planta medicinal antirressaca pode combater os efeitos da intoxicação alcoólica aguda, bem como os sintomas da abstinência do álcool.
Isso abre a possibilidade de que o composto venha a ser usado tanto no atendimento a pacientes em coma alcoólico quanto como um medicamento de apoio para quem quer deixar o vício da bebida.
O composto, chamado dihidromiricetina, foi extraído da planta medicinal Hovênia (Hovenia Dulcis), que possui vários nomes populares no Brasil, como cajueiro-japonês, banana-do-japão, caju-do-japão, gomari, uva-japonesa e outros.

Dihidromiricetina

Os pesquisadores descobriram que a dihidromiricetina bloqueia a ação do álcool sobre o cérebro e os neurônios, além de levar à redução voluntária no consumo de álcool.
A dihidromiricetina inibe os efeitos do álcool sobre os receptores cerebrais GABAA.
O álcool normalmente reforça a ação dos receptores GABAA de diminuição da atividade cerebral, reduzindo a capacidade de comunicação e aumentando a sonolência - sintomas comuns da embriaguez.
Assim como a planta medicinal, que é usada há séculos para combater os efeitos da ingestão excessiva de álcool, o composto também não apresentou efeitos colaterais nos testes iniciais, feitos em cobaias.
Segundo os doutores Jing Liang e Richard Olsen, o próximo passo da pesquisa é avaliar o fármaco em voluntários humanos.

Medicamentos contra o alcoolismo

A expectativa é que, além de combater o mal-estar provocado pela bebida entre aqueles que não querem parar de beber, o composto possa ser usado em situações mais graves, de intoxicação alcoólica, e no auxílio a pessoas que querem deixar o vício.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 76 milhões de pessoas são viciadas em álcool em todo o mundo, dentre as quais apenas 13% recebem um tratamento médico adequado.
Ainda segundo a OMS, a principal causa dessa falta de apoio aos alcoólatras é a inexistência de medicamentos eficazes que possam auxiliar nos tratamentos.

Fonte: Diário da Saúde