segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Veja quais são os sinais de uma pinta perigosa para a saúde



As pintas são os nevos melanocíticos congênitos. Cada pessoa tem uma quantidade que não é pré-estabelecida. Em geral, as pessoas mais claras têm em maior quantidade e de acordo com o quadro hereditário. As pintas devem ser acompanhadas para verificarmos se haverá alguma modificação e transformação para um melanoma (um câncer de pele que se origina de um nevo melanocítico). O melanoma é um tipo de câncer de pele muito agressivo, com potencial de metástase, por isso é importante o seu diagnóstico precoce.

A pinta que sofreu alguma mudança na coloração, tamanho ou adquiriu alguma sensibilidade como coceira, dor ou mesmo uma ferida no local deve ser avaliada pelo dermatologista e, se necessário, realizar uma biópsia (retirar um fragmento da lesão ou, se for pequena, pode-se retirá-la toda) e enviar para análise histopatológica. A anestesia é local e com um pequeno instrumento (punch) é retirado o tecido. Um procedimento simples, rápido, que pode salvar uma vida.

As pintas são determinadas geneticamente. Em geral na adolescência e na gestação pode aparecer maior quantidade. A regra do ABCD é justamente para ter um acompanhamento de qualquer alteração da pinta e necessidade de ir ao dermatologista.

A - assimetria: se a lesão for assimétrica
B - bordas: se as bordas têm pigmento por fora ou se não são bem delimitadas
C - cor: se houve mudança de cor, pode ser em toda a lesão ou em parte dela, com diferentes tonalidades
D - diâmetro: maior que 6mm

No dermatologista, em caso de lesão suspeita ele fará um exame de dermatoscopia (exame através de um equipamento específico para identificar alterações suspeitas ou não). É um exame não invasivo. Em caso de suspeita ou sinais indicativos de transformação, será realizada uma biópsia para análise histopatológica.

Há alguns fatores que nos pedem cuidados redobrados e avaliação dermatológica semestral. São eles:
  • História familiar de melanoma
  • Ter mais de 50 pintas
  • Pele clara, com tendência a se queimar
  • História de várias queimaduras solares antes dos 30 anos
  • Ter um nevo melanocítico gigante (pinta maior que 15cm) desde o nascimento
  • Ter síndrome do nevo atípico (displásico) hereditário
  • Ter algum câncer de pele não melanoma
  • O fato de já ter tido um melanoma aumenta a incidência de ter o segundo

Por: Dra. Daniela Nunes é dermatologista, diretora médica da Slim Clinique e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.