Comumente confundida com anemia, a mielodisplasia é
uma doença grave e pouco conhecida. Ocorre quando as células-tronco
hematopoiéticas da medula óssea sofrem alterações, deixando de produzir de
forma correta glóbulos vermelhos, neutrófilos e plaquetas. Pode levar o
paciente a quadros de anemia, infecções e sangramentos.
Os portadores geralmente têm deficiência de células no sangue, pois elas costumam morrer antes de serem liberadas na corrente sanguínea. São cinco tipos de mielodisplasia, classificadas de acordo com o grau de seriedade e de comprometimento da saúde do paciente. Além de contagens baixas de hemácias, leucócitos e plaquetas, as células apresentam mudanças em sua estrutura, devido a alterações nos cromossomas dos bastos.
Segundo Vanderson Rocha, médico hematologista e coordenador da Unidade de Transplantes de Medula Óssea do Hospital Sírio Libanês, do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil da Universidade de São Paulo e diretor científico do Registro Internacional em Transplante de Sangue e Cordão Umbilical (Eurocord), normalmente, as células imaturas conhecidas como blastos representam menos de 5% de todas as células da medula óssea. Pacientes com mielodisplasia têm mais. “Quando passam de 20%, já podemos considerar como leucemia mieloide aguda”, explica.
Tratamentos de quimioterapia ou radioterapia em
casos de câncer, como linfoma ou tumores de mama, podem desencadear o
desenvolvimento da mielodisplasia. Outra forma é o contato constante com
produtos químicos, como o benzeno, presente na fumaça do cigarro, que danifica o
DNA das células-tronco normais. Acomete principalmente pessoas mais velhas,
embora não seja uma doença exclusiva de idosos. Vitiligo e diabetes também
estão frequentemente associadas.
O principal sintoma é a anemia moderada ou grave. Fadiga exagerada, falta de fôlego para atividades normais, palidez, fraqueza e perda de apetite também podem estar presentes. Ocasionalmente, o sangramento da pele (chamado de púrpura) e a manutenção prolongada de cortes são também sintomas — resultados da baixa contagem de leucócitos.
O diagnóstico se dá com a presença de pelo menos um dos seguinte fatores: mais de 5% de blastos entre as células da medula óssea, anomalias citogenéticas (alteração nos cromossosmos das células) e mudanças óbvias na estrutura ou na forma da medula óssea. O tratamento pode incluir medidas paliativas, como transfusões periódicas de plaquetas e hemácias. Outra opção terapêutica são os medicamentos hipometilantes, que têm um mecanismo responsável pela alteração do funcionamento dos genes supressores tumorais.
Cura
O principal sintoma é a anemia moderada ou grave. Fadiga exagerada, falta de fôlego para atividades normais, palidez, fraqueza e perda de apetite também podem estar presentes. Ocasionalmente, o sangramento da pele (chamado de púrpura) e a manutenção prolongada de cortes são também sintomas — resultados da baixa contagem de leucócitos.
O diagnóstico se dá com a presença de pelo menos um dos seguinte fatores: mais de 5% de blastos entre as células da medula óssea, anomalias citogenéticas (alteração nos cromossosmos das células) e mudanças óbvias na estrutura ou na forma da medula óssea. O tratamento pode incluir medidas paliativas, como transfusões periódicas de plaquetas e hemácias. Outra opção terapêutica são os medicamentos hipometilantes, que têm um mecanismo responsável pela alteração do funcionamento dos genes supressores tumorais.
Cura
De acordo com o hematologista, a única solução definitiva é o transplante de medula óssea. “O microambiente da medula, onde as células são produzidas, está alterado. Então, o transplante consiste em matar todas as células-tronco da medula óssea e fazer o transplante de novas células sadias, que vão assumir a função de dar origem às unidades necessárias ao organismo de forma correta. Nesse caso, é preciso um doador compatível. Caso contrário, uma alternativa é usar células-tronco retiradas de cordão umbilical”, esclarece.
Depois do transplante, o paciente fica internado, respirando ar filtrado e com acesso restrito. Vive quase numa bolha, já que qualquer infecção ou complicação poderia ser fatal. Durante esse período, também é observada a possibilidade de doença do enxerto contra hospedeiro, uma vez que a doença é uma rejeição potencialmente fatal, que ataca as células da medula, principalmente os linfócitos, atingindo a pele, o intestino e o fígado.
Muitas vezes, os pacientes necessitam mudar de
estilo de vida. A doença também atinge membros da família e amigos. Conversar
com os médicos e enfermeiras que tratam do paciente pode ajudar a diminuir a
preocupação com a doença e com o futuro. A equipe profissional também está
preparada para indicar outros recursos. Muitos pacientes sentem enorme alívio
quando conseguem recuperar uma sensação de controle sobre suas vidas.
Por: Humberto Siqueira