terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Desconhecimento de tipos de alergias oculares e falta de tratamento adequado podem deixar sequelas

As alergias oculares são bem comuns e podem ser causadas pelos chamados alérgenos (ácaros, poeiras, pólen e pelos de animais). O tempo seco também pode ser responsável por algumas dessas doenças, já que poluentes e substâncias irritantes ficam no ar. As alergias caracterizam-se pela hipersensibilidade que acomete pálpebras e córnea que consequentemente causam transtornos oculares bem conhecidos, como por exemplo, a conjuntivite.

Os tipos de alergias oculares têm algo em comum: a coceira, a vermelhidão e inchaço conjuntivais. É o que explica a oftalmologista Luciene Barbosa de Sousa, especialista em córnea e cirurgia refrativa. “A hiperemia (vermelhidão) é resultante da vasodilatação, o edema (inchaço) ocorre devido à alteração de permeabilidade vascular e o prurido (coceira) por estimulação nervosa”.

As alergias oculares exigem cuidados e atendimento médico, uma vez que podem estar associadas a doenças como ceratocone (doença não inflamatória da córnea que permite que a área central ou paracentral assuma forma cônica), catarata,e podem apresentar a ceratite herpética (doença infecciosa e imunológica) mais grave e de difícil tratamento.

A oftalmologista explica ainda que independentemente do tipo de alergia ocular, é muito importante que o paciente busque o atendimento clínico. “O diagnóstico da alergia ocular é basicamente clínico e o paciente deve ser orientado quanto à evolução de sua doença que pode ser crônica, recorrente, pode ou não desaparecer e, principalmente, que existem algumas medidas que podem diminuir a intensidade e frequência das crises”.

As alergias podem ser classificadas em:

Conjuntivites alérgicas sazonais ou perenes: Tipo de conjuntivite que pode ser acompanhada por rinite, causada geralmente pela exposição ao pólen.

Ceratoconjuntivite primaveril ou vernal: Atinge crianças e adolescentes e melhora durante a puberdade. É associado com  presença de asma, rinite ou eczema, ou históricos familiares de alergia.

Ceratoconjuntivite atópica: Atinge jovens e adultos e pode causar perda considerável da visão. Exige acompanhamento médico e tratamento rápido.

Conjuntivite papilar gigante: É causada pelo uso excessivo de lentes de contato e produtos de conservação e higiene da mesma. Causa incômodo durante o uso das lentes. A suspensão temporária das lentes de contato auxilia no tratamento.

Dermatite de contato: O uso de cosméticos e fármacos próximo aos olhos podem causar a descamação e descoloração da pele próxima aos olhos, oclusão de pontos lacrimais, cicatrização conjuntival e neovascularização corneana (vasos sanguíneos dilatados). A suspensão do uso desses produtos auxilia na melhora da alergia.

Evite a alergia ocular

Para evitar todos os transtornos oculares é importante manter os ambientes arejados e, de preferência, expostos ao sol. O acúmulo de poeira é prejudicial e aumenta a predisposição a alergias. Mantenha o filtro do ar condicionado em casa e no carro sempre limpos e evite plantas com flores dentro de casa, por causa do pólen, um dos causadores de alergias. Outras dicas que auxiliam na prevenção de alergias são: lavar roupas guardadas por muito tempo antes do uso e forrar travesseiros e colchões com capas impermeáveis.

Se observar algum sintoma de alergia ocular procure um oftalmologista de confiança.

Fonte: Alcon 

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