terça-feira, 19 de agosto de 2014

Cancro do ovário: novo tratamento

O trebananib, um novo tratamento para o cancro do ovário é capaz de aumentar a taxa de redução do tumor e prolongar o tempo até que o cancro sofra uma recidiva, dá conta um estudo publicado na revista “Lancet Oncology”.
Neste ensaio clínico de fase III, denominado por TRINOVA-1, os investigadores da Universidade de Arizona, nos EUA, contaram com a participação de 919 mulheres com cancro do ovário recorrente, as quais foram tratadas com quimioterapia convencional, conjuntamente com o trebananib ou um placebo.

O trebananib é uma proteína de fusão de um péptido-Fc que tem por alvo a angiogênese, ou seja, o crescimento de novos vasos sanguíneos nos tumores cancerígenos. A ação deste fármaco passa pela inibição da ligação da angiopoietina 1 e 2 a um receptor. De acordo com os investigadores, este é um mecanismo de ação diferente daquele observado noutros agentes, como o bevacizumab, que também afetam a angiogênese. 

Os investigadores, liderados por Amit M Oza, verificaram que o trebananib foi capaz de ter um impacto semelhante ao bevacizumab na diminuição do tumor, bem como no atraso da progressão do cancro, mas contrariamente ao bevacizumab, não aumentou o risco de hipertensão ou perfuração intestinal.

“Este é de fato um novo tratamento prometedor para o tratamento do cancro do ovário recorrente. Este tipo de cancro é quase sempre fatal, sendo por isso necessário encontrar desesperadamente novos tratamentos”, revelou em comunicado de imprensa, o primeiro autor do estudo, Bradley J Monk.

O investigador referiu que este ensaio também demonstrou que a angiogênese é um processo complexo no âmbito da oncologia. Muitos dos novos alvos terapêuticos, como a angiopoietina 1 e 2, poderão inibir de uma forma mais eficaz o crescimento de novos vasos sanguíneos que são necessários para o crescimento, metastização e progressão do cancro.

“Se formos capazes de impedir o cancro de crescer através da limitação do fornecimento de sangue, podemos ajudar os pacientes a sentirem-se melhor e a viver mais tempo”, conclui o investigador.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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