quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mau colesterol ajuda proliferação das metástases do cancro

O colesterol LDL ou “mau colesterol” desempenha um papel importante na proliferação do cancro para outras partes do corpo, descobriu um estudo australiano. 
Conduzido pela Universidade de Sidney, na Austrália, o estudo incidiu sobre a função do mau colesterol nas metástases do cancro. As metástases consistem num processo em que as células cancerígenas se libertam do tumor ou tumores primários e se espalham pelo resto do corpo. As metástases são responsáveis pela maioria das mortes por cancro.

Torna-se assim importante compreender o fator que ajuda as células cancerígenas a libertarem-se do tumor primário e a formarem novos tumores noutras partes do organismo, para que se possa melhorar o tratamento para o cancro. 

As células aderem, na sua maioria, umas às outras graças às integrinas, que são umas moléculas existentes na sua superfície que funcionam como um velcro. No entanto, as integrinas podem ajudar as células cancerígenas a sair dos tumores e a estabelecerem-se noutras partes do organismo. Existem inibidores de integrina, mas não podem ser utilizados para fins clínicos.

O autor principal do estudo, Thomas Grewal, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Sidney,  e equipe, descobriram que as integrinas podem deslocar-se da superfície das células para o seu interior e que as células cancerígenas necessitam do colesterol para manterem as integrinas na superfície das células.

A equipe descobriu que “o ‘mau’ colesterol (de lipoproteínas de baixa densidade ou LDL) controla o tráfego de vasos minúsculos que também possuem essas integrinas e isso tem um enorme impacto na capacidade do cancro se movimentar e espalhar pelo corpo”.

Segundo a equipe, a presença de níveis elevados de colesterol LDL ajuda as integrinas nas células cancerígenas a movimentarem-se. No entanto, a presença de níveis elevados de colesterol de lipoproteínas de alta densidade ou HDL, o chamado “bom” colesterol, parece fazer manter as integrinas dentro das células.

Os investigadores consideram que o ajustamento dos níveis de colesterol pode ser uma forma de influenciar a migração e invasão das células cancerígenas e assim, reduzir a capacidade destas células de se espalharem pelo resto do organismo.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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