O que era um procedimento cirúrgico, agora pode ser diagnosticado em cerca de dez minutos. A detecção da presença de fibrose no fígado de pacientes com hepatites B e C, antes feita por meio de cirurgia, pode ser feita pela elastografia, exame que não é invasivo e se assemelha a uma ultrassom. O exame ainda é para poucos, pois na rede particular chega a custar R$ 3 mil e a rede pública ainda tem poucos aparelhos.
Quando descobre que tem hepatite B ou C, o paciente deve logo fazer um exame para saber o nível de comprometimento do fígado, para, a partir dessa informação, ter um tratamento adequado.Para o exame tradicional é necessário um procedimento cirúrgico, com anestesia, para ter acesso direto ao órgão e assim saber em que estado se encontra. Como toda cirurgia, o procedimento oferece riscos, por isso a importância da elastografia.
São Paulo, Bahia, Distrito Federal e Rio de Janeiro contam com o exame na rede pública. A Associação Brasileira de Portadores de Hepatite (ABPH) em breve vai passar a oferecer em São Paulo este exame gratuitamente à população.
A estimativa do Ministério da Saúde é que no Brasil 800 mil pessoas estejam infectadas pelo vírus B e 1,5 milhão de pessoas pela hepatite C. Da infecção até a fase da cirrose hepática, pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem nenhum sintoma.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 5% das pessoas com hepatite sabem que têm o vírus. Nem sempre há sintomas, mas os especialistas alertam que cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras podem ser sinais da doença.
Pelos dados oficiais da Organização Mundial da Saúde, 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em decorrência das diversas formas de hepatite. Apenas 37% dos 126 países analisados pela organização dispõem de estratégias para prevenção e tratamento. O Ministério da Saúde informa que, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
No Brasil, há vacinas para a prevenção das hepatites A e B. O Ministério da Saúde oferece vacina contra a hepatite B nos postos de saúde do SUS e contra a hepatite A nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. Não há vacina contra a hepatite C.
Fonte: Agência Brasil