O INCA (Instituto Nacional de Câncer) menciona que o câncer de mama é segundo mais frequente no mundo e corresponde a 22% dos novos casos a cada ano, é uma doença que afeta principalmente as mulheres em período mais avançado de idade e pode vir acompanhado junto à menopausa ou precocemente.
Segundo Almeida (2004, p.1) o câncer é o nome dado a um conjunto de mais de cem doenças, que podem surgir quando há uma rápida divisão e multiplicação das células, a qual origina o tumor maligno, podendo posteriormente se espalhar para órgãos e tecidos do corpo, ocorrendo metástases. Nos estágios iniciais, o câncer de mama se apresenta móvel, indolor e isolado, o que dificulta sua identificação pelo autoexame.
O câncer tem vários estágios, e o seu processo de desenvolvimento é lento em geral. No primeiro estágio (iniciação) do carcinogênese as células passam por um processo de modificação de alguns genes, a alteração das células ocorre pelos efeitos carcinógenos. E no segundo estágio (promoção) a iniciação que foi feito no primeiro, transforma essas células em malignas de forma lenta. O terceiro e ultimo estágio (progressão) é a multiplicação descontrolada e irreversível das células.
Entre 5% e 10% de todos os cânceres ocorrem em indivíduos que herdaram mutações em genes de predisposição ao câncer. Foram identificados genes responsáveis pela maioria dos cânceres hereditários de mama, ovário e intestino, assim como por uma serie de tumores menos comuns (POLLOCK, 2006, p.63).
Neste ponto o câncer já está evoluído e já se tem o surgimento de manifestação da doença clinica se não tratado, ou se as tentativas falharem o paciente pode chegar a óbito. Apesar disso, autoexame atua como um adjuvante do exame clínico no reconhecimento do câncer de mama, pois os nódulos podem ser palpáveis após atingir o tamanho superior a um centímetro.
Mais de 90% dos cânceres de mama são detectados inicialmente pelas próprias pacientes. Dentre aquelas que não se submetem a um autoexame preventivo de câncer de mama, a descoberta se dá de maneira acidental e, aparentemente, tarde demais. (BARBER, [s.d.], p.309)
O exame clínico é ainda mais eficaz na constatação da doença, pois com procedimentos específicos, como a mamografia é possível identificar nódulos de até 0,5 cm. Esse exame é realizado com o objetivo de detectar e monitorar possíveis anomalias que possam desenvolver o câncer de mama.
O médico Barber ([s.d.], p.313) sugere que o autoexame da mama deve ser realizado todos os meses, uma semana após a menstruação e, que também é necessário de um acompanhamento médico semestralmente ou anualmente, para assim, assegurar o diagnóstico precoce.
A mamografia é um exame feito com um aparelho de raios-X, conhecido como mamógrafo, segundo a médica Elisabete Fernandes Almeida, esse exame trata de uma radiografia, cuja imagem obtida ajuda a reconhecer alterações na mama (<http://www.apm.org.br/> acessado em 2012).
A folha de informação para pacientes do Hospital Danbury (2007, p.01) diz que a mamografia de rastreamento é o método mais eficaz de diagnóstico precoce do câncer e é muito importante, pois permite detectar anomalias antes da existência de algum caroço, além disso, é capaz de mostrar alterações até dois anos antes que a paciente ou o médico possam percebê-las pelo tato.
A mamografia tem sido muito utilizada atualmente, pois permite um diagnóstico preciso que contribui com prevenção contra o câncer de mama, o qual detectado em seu estágio inicial tem maior probabilidade de cura e de tratamentos menos drásticos. Através desse diagnóstico é possível detectar nódulos, cistos e calcificações que são imperceptíveis ao toque por serem de tamanhos muito pequenos, vistos apenas com os raios-X através do aparelho mamógrafo.
A lei nº 11.644/2008, de 29 de abril de 2008 dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. A mamografia de rastreamento é, portanto, oferecida gratuitamente pelo SUS para todas as mulheres com idade igual ou superior 40 anos, conforme parágrafo dois do art. 2º desta lei.
Mulheres com casos de câncer na família, que tiveram o primeiro filho após os 30 anos, apresentam nódulos, descarga, dores graves, com histórico de câncer benigno devem fazer o exame de mamografia, para que possa monitorar possíveis suspeitas, pois estão mais suscetíveis a desenvolverem o câncer de mama. (BARBER, [s.d.] p.314)
De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde das Mamas (Femama): O autoexame é importante para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa reconhecer alterações nos seios. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde, e tampouco, a mamografia.
Daí se observa a importância da mamografia na identificação do câncer, pois quanto mais precoce for a sua detecção, as chances de cura podem chegar a 95%, na fase inicial pode evitar os tratamentos mais severos, como a quimioterapia, mastectomia, etc., os quais tendem afetar negativamente a integridade psicossocial da paciente, devido às consequências radicais desses tratamentos que podem ser, em alguns casos, perca de cabelo, retirada da mama entre outras.
Portanto, as mulheres devem realizar os métodos de prevenção disponíveis para garantir uma vida mais saudável. Para isso é importante que primeiramente a mulher conheça seu próprio corpo e seja assídua na realização do autoexame e do exame-clínico, pois a detecção prematura do câncer promove um tratamento bem sucedido.
Fonte: Portal Educação