Investigadores americanos e australianos identificaram um ponto fraco nas células de leucemia, podendo desta forma ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos, sugere um estudo publicado no “Journal of Experimental Medicine”.
Os investigadores da Griffith University, na Austrália, e do Children's Hospital Los Angeles, nos EUA, demonstraram que as células de leucemia podem ser erradicadas através da remoção de um hidrato de carbono alterado que se encontra presente na superfície destas células.
“Verificamos que comparativamente com as células saudáveis, as células de leucemia têm na sua superfície um hidrato de carbono alterado, o qual também está envolvido na resistência aos tratamentos”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder da equipa de investigação, Mark von Itzstein.
Na opinião do investigador estes resultados representam um grande avanço na batalha contra a leucemia, um cancro maligno dos glóbulos brancos que se multiplica incontrolavelmente. A leucemia linfoblástica aguda é o tipo de cancro mais comum na infância.
Mark von Itzstein refere que até há 40 anos atrás apenas uma em cada cinco crianças sobrevivia a este tipo de cancro. No entanto, os avanços obtidos na quimioterapia melhoraram significativamente os resultados, atualmente 80% das crianças ficam curadas.
Contudo, para as restantes 20% das crianças a doença recidiva sendo necessário outro ciclo de quimioterapia mais intenso. Infelizmente maioria dos pacientes morre dentro de um ano, pois as suas células são resistentes à quimioterapia.
“No futuro esperamos que esta nova abordagem estrutural para tratar a leucemia linfoblástica aguda possa ser uma alternativa de tratamento eficaz para as crianças que lutam contra as formas resistentes da doença ao tratamento”, conclui o investigador.