Estudo
permite detectar precocemente doença
Uma equipe do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no Porto, descobriu
o mecanismo que explica a razão que leva a Schistosomose ou bilharzíase – uma
das mais graves infecções parasitárias do mundo – a causar o cancro da bexiga.
A equipe de Mônica Botelho, primeira autora do estudo, observou valores de estradiol – hormônio sexual produzido pelos folículos ovarianos – “acima do normal em doentes infectados”. Este parasita não existe em Portugal e todos os doentes observados eram oriundos de regiões endêmicas.
A equipe de Mônica Botelho, primeira autora do estudo, observou valores de estradiol – hormônio sexual produzido pelos folículos ovarianos – “acima do normal em doentes infectados”. Este parasita não existe em Portugal e todos os doentes observados eram oriundos de regiões endêmicas.
Após observarem os
ovos do parasita por espectrometria de massa, os investigadores encontraram estrogênio
de Catecol – “moléculas que
provocam lesões no DNA e que se não forem reparadas pela maquinaria genética da
célula podem levar a uma mutação que por sua vez causa o tumor”,
assinalou Monica Botelho.
Segundo a investigadora, uma vez identificada, “estas moléculas podem ser agora usadas como biomarcadores para o cancro da bexiga, associado ao S. haematobium”, podendo permitir “detectar precocemente esta doença”, bem como “para serem usadas como possível alvo terapêutico como forma de impedir a infecção”.
A Schistosomose infecta 200 milhões de pessoas em 75 países e mata meio milhão por ano, provocando doenças urogenitais severas e cancro da bexiga, mas as razões que levavam a desencadear estes problemas ainda não eram claras. O cancro da bexiga é a doença tumoral mais comum nos países onde o parasita Schistosoma haematobium é endêmico.
Segundo a investigadora, uma vez identificada, “estas moléculas podem ser agora usadas como biomarcadores para o cancro da bexiga, associado ao S. haematobium”, podendo permitir “detectar precocemente esta doença”, bem como “para serem usadas como possível alvo terapêutico como forma de impedir a infecção”.
A Schistosomose infecta 200 milhões de pessoas em 75 países e mata meio milhão por ano, provocando doenças urogenitais severas e cancro da bexiga, mas as razões que levavam a desencadear estes problemas ainda não eram claras. O cancro da bexiga é a doença tumoral mais comum nos países onde o parasita Schistosoma haematobium é endêmico.
Fonte: Ciência Hoje
