Malária
cerebral
A Fiocruz e a
empresa farmacêutica japonesa Eisai anunciaram a assinatura de um acordo
colaborativo para o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas para
doenças negligenciadas típicas dos trópicos.
A parceria
terá início com a produção de um medicamento para o combate à malária cerebral,
que ocorre quando o protozoário causador da doença adere às paredes dos vasos
sanguíneos na região do cérebro, o que resulta na obstrução do fluxo sanguíneo.
Essa
complicação no quadro da doença ocorre em aproximadamente 10% dos casos de
malária e as taxas de mortalidade aumentam de 25% a 50% no período de 24 a 46
horas após seu aparecimento inicial.
Um medicamento produzido pela Farmanguinhos/Fiocruz foi certificado em
outubro pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) para o combate a malária em países da Ásia.
Receptor
de TLR
O medicamento
será desenvolvido com base no composto E6446, que apresenta o chamado receptor
TLR9.
Esse receptor
desempenha um papel fundamental no reconhecimento de agentes patogênicos no
organismo, como bactérias ou vírus, auxiliando o sistema imunológico do
corpo em sua proteção.
Mais de 10
tipos de TLR foram relatados na literatura científica até o momento.
Declaração
de Londres
A parceria da
Eisai com a Fundação faz parte do compromisso da farmacêutica com a Declaração
de Londres.
Trata-se de um
esforço coordenado de diversas companhias e organizações sem fins lucrativos
mundiais para erradicar até 2020, a partir de acordos público-privados, 10
doenças tropicais negligenciadas, como a leishmaniose, a doença de Chagas, a hanseníase e a doença do sono.
Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades atingem 1 bilhão de
pessoas em 149 países.
Em 100 ou mais
territórios, que apresentam situações de pobreza, duas ou mais dessas doenças
são consideradas endêmicas.
Fonte:
Diário da Saúde
