Reação
A
quimioterapia pode minar sua própria ação no organismo causando uma resposta
anômala nas células saudáveis.
Segundo
pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson (EUA), esse
mecanismo pode explicar por que alguns pacientes desenvolvem resistência contra
a quimioterapia.
Os
pesquisadores afirmam que a quimioterapia faz com que as células
fibroblásticas, especializadas em curar ferimentos, produzam uma proteína que ajuda
o câncer a resistir ao tratamento.
Células
fibroblásticas
Os
pesquisadores descobriram que, sob a ação da quimioterapia, as células
fibroblásticas produzem uma quantidade de uma proteína chamada WNT16B trinta
vezes maior do que deveriam.
Isto ocorre
devido aos danos ao DNA induzidos pela quimioterapia.
Já se sabia
que esta proteína estava envolvida no desenvolvimento do câncer, mas não na
resistência ao tratamento.
Os cientistas
esperam agora encontrar uma forma de interromper a resposta destas células e
melhorar a eficácia do tratamento dos cânceres.
O papel
principal das células fibroblásticas é ajudar na recuperação de ferimentos e
produzir colágeno, o principal componente de tecidos de ligação, como os
tendões, por exemplo.
Resistência
à quimioterapia
Cerca de 90%
dos pacientes com casos de câncer na próstata, mama, pulmão e intestino, que
sofrem metástase, quando o câncer se espalha, desenvolvem resistência à
quimioterapia.
O tratamento
para estes casos é feito com intervalos, para que o corpo do paciente possa se
recuperar da toxicidade da quimioterapia.
Mas estes
intervalos permitem que as células do tumor se recuperem e desenvolvam a
resistência.
Fonte:
BBC