Novas
fronteiras
Ainda não
existem tratamentos efetivos contra o Mal de Alzheimer, que está subindo
rapidamente nas listas de causas de mortalidade em todo o mundo.
Enquanto a
maior parte das pesquisas se concentra nesta única área, os
cientistas já admitem que as proteínas
beta-amiloides podem ser uma consequência, e não a causa do Alzheimer.
Assim, para
tentar encontrar uma nova teoria
sobre a doença de Alzheimer,
eles estão agora voltando sua atenção para outros fatores.
E uma destas
tentativas acaba de dar resultados promissores.
Ferro
e Alzheimer
Os novos dados
indicam que a forma como o corpo lida com o ferro e com outros metais, como o
cobre e o zinco, começa a se alterar anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de Alzheimer.
Reduzindo o
nível de ferro circulando no plasma sanguíneo, os cientistas conseguiram proteger o cérebro de animais de laboratório contra as alterações induzidas pelo Alzheimer
no cérebro.
Mais
especificamente, manipulando os níveis de ferro no sangue, a equipe conseguiu
inibir o processo de acúmulo das proteínas beta-amiloide, que até agora eram
consideradas a causa da doença.
Parece que o
ferro vai para os lugares errados no cérebro com Alzheimer - ele se acumula em altos níveis no
núcleo das placas de beta-amiloide, onde se torna muito reativo.
Quelante
No
experimento, um modelo de Alzheimer foi criado em coelhos, com o
desenvolvimento de placas de beta-amiloide e modificações na proteína tau, que
é parte do esqueleto dos neurônios.
Quando se
torna fortemente fosforilada, essa proteína diminui a capacidade dos neurônios
em conduzir sinais elétricos.
A equipe do
Dr. Othman Ghribi, da Universidade de Dakota do Norte (EUA), então tratou os
animais com uma droga chamada deferiprona, um quelante de ferro - um composto
que força o ferro a ser capturado por outras moléculas.
A droga
diminuiu os níveis de ferro circulante no plasma sanguíneo, trazendo de volta a
beta-amiloide e a tau fosforilada no cérebro dos animais aos seus níveis normais.
Fonte: Diário
da Saúde