Segundo um novo estudo
dinamarquês, mulheres que tomam analgésicos leves, como aspirina e paracetamol,
durante a gravidez são um pouco mais propensas a ter meninos com criptorquidia,
ou testículos não-descidos, que é uma condição médica na qual não há uma descida
correta do testículo da cavidade abdominal, onde ele se desenvolve, para o
escroto.
O risco da condição aumenta significativamente para as mulheres que tomam mais
analgésicos, particularmente entre 8 e 14 semanas de gravidez. No estudo, o
risco aumentou 21 vezes se as mulheres tomaram mais de um tipo de analgésico
por dia durante mais de quinze dias, neste período da gravidez.
Porém, segundo os pesquisadores, tomar um paracetamol ocasionalmente não vai causar nenhum dano ao bebê. É o uso prolongado que pode ser um problema. Com ou sem analgésicos, o risco de ter um filho com essa doença continua a ser baixo, mas a descoberta pode explicar por que se tornou mais comum nas últimas décadas.
O estudo seguiu várias gravidezes, 834 das quais resultaram em meninos. Os pesquisadores então identificaram as mulheres que tomavam aspirina, paracetamol ou ibuprofeno para alívio da dor durante a gravidez, e pesquisaram se isso aumentou a probabilidade de que seus filhos tivessem criptorquidia.
Em 2001, 8,5% de todos os meninos nascidos na Dinamarca tinham criptorquidia. No grupo de mulheres estudadas, tomar qualquer analgésico multiplicou o risco de criptorquidia em 1,43. Mas apenas 42 dos 834 meninos nasceram com essa condição, e dos 42, as mães de apenas 27 tinham tomado analgésicos.
As outras 249 mulheres que tomaram analgésicos tiveram meninos saudáveis. Portanto, apesar do risco ligeiramente aumentado, a maioria das mulheres que tomou analgésicos teve meninos saudáveis. Além disso, 15 mulheres que nunca tomaram analgésicos deram à luz a meninos com a doença.
Porém, segundo os pesquisadores, tomar um paracetamol ocasionalmente não vai causar nenhum dano ao bebê. É o uso prolongado que pode ser um problema. Com ou sem analgésicos, o risco de ter um filho com essa doença continua a ser baixo, mas a descoberta pode explicar por que se tornou mais comum nas últimas décadas.
O estudo seguiu várias gravidezes, 834 das quais resultaram em meninos. Os pesquisadores então identificaram as mulheres que tomavam aspirina, paracetamol ou ibuprofeno para alívio da dor durante a gravidez, e pesquisaram se isso aumentou a probabilidade de que seus filhos tivessem criptorquidia.
Em 2001, 8,5% de todos os meninos nascidos na Dinamarca tinham criptorquidia. No grupo de mulheres estudadas, tomar qualquer analgésico multiplicou o risco de criptorquidia em 1,43. Mas apenas 42 dos 834 meninos nasceram com essa condição, e dos 42, as mães de apenas 27 tinham tomado analgésicos.
As outras 249 mulheres que tomaram analgésicos tiveram meninos saudáveis. Portanto, apesar do risco ligeiramente aumentado, a maioria das mulheres que tomou analgésicos teve meninos saudáveis. Além disso, 15 mulheres que nunca tomaram analgésicos deram à luz a meninos com a doença.
O risco
aumentou mais se a dosagem das mulheres era alta ou se elas tomaram mais de um
tipo de analgésico. As mães que tomaram qualquer um dos analgésicos mais de
quinze dias tinham um risco 2,47 vezes maior.
Os
pesquisadores acreditam que o analgésico acaba causando a doença pelo mesmo
mecanismo que permite que a droga suprima dores de cabeça, que é inibindo a
síntese de prostaglandinas. Além de combater a dor, isso reduz a produção da
testosterona vital para a formação saudável dos testículos em fetos do sexo
masculino.
Em
experimentos de acompanhamento, os pesquisadores deram doses de paracetamol a
ratas grávidas, e isso reduziu a testosterona em 50% nos testículos de fetos de
ratos.
Esses
resultados revelam os efeitos subestimados de analgésicos leves no
desenvolvimento sexual dos fetos do sexo masculino. Um único comprimido de
paracetamol de 500 mg suprime a testosterona em maior medida do que os produtos
químicos a que as mulheres estão expostas em um ambiente natural. Para os
pesquisadores, os analgésicos oferecem a melhor explicação para um aumento de
casos de criptorquidia de 1,8% em 1961 para 8,5% em 2001.
Os pesquisadores afirmam que são necessárias mais pesquisas para estabelecer os efeitos dos analgésicos no desenvolvimento fetal, mas, enquanto isso, eles aconselham as mulheres a não tomá-los no segundo trimestre da gravidez, que é quando os testículos são formados.
Fonte:
hypescience.com