Medicamentos atuam estimulando o sistema de defesa contra os coágulos de sangue e consequentemente contra os ataques cardíacos
Os ataques cardíacos normalmente são causados pela formação de um coágulo de sangue em um dos vasos sanguíneos que irrigam o coração com oxigênio e nutrientes. O coágulo reduz o suprimento de oxigênio, o que pode resultar rapidamente em danos irreparáveis para o coração.
Proteção do próprio corpo
O corpo tem um sistema de defesa natural para prevenir coágulos sanguíneos - o sistema fibrinolítico - que "vaporiza" uma enzima especial sobre os coágulos para quebrá-los antes que eles consigam obstruir o vaso. No entanto, para funcionar corretamente, este sistema necessita de quantidades suficientes da enzima a ser armazenada na parede do vaso. Infelizmente, estes armazenamentos são muitas vezes esgotados devido a fatores hereditários e ao estilo de vida, como a hipertensão, o fumo e o excesso de peso, que provavelmente aumenta o risco de um ataque cardíaco.
Novas formas de prevenir ataques cardíacos
Os pesquisadores da Sahlgrenska Academy da University of Gothenburg estão buscando uma forma de estimular o sistema de dissolução do coágulo. Os resultados são promissores e abrem o caminho para novas formas de prevenção dos ataques cardíacos.
"Estamos tentando encontrar um medicamento que aumente os estoques de enzima, pois isso provavelmente ajudaria o organismo a prevenir ataques cardíacos", disse Pia Larsson.
Estimula a produção de enzima
Substâncias previamente testadas se mostraram inadequadas, principalmente por causa de seus efeitos colaterais indesejados. No presente estudo, os pesquisadores usaram inibidores HDAC, novas substâncias para esse contexto em particular, e conseguiram estimular a produção desta enzima.
"Nós descobrimos que o tratamento com inibidores HDAC aumentou drasticamente a produção da enzima que dissolve os coágulos, e que isso ocorreu em concentrações bem mais baixas do que o esperado", disse Larsson.
Efeitos colaterais conhecidos
A vantagem dos inibidores HDAC é que eles já são utilizados em medicmentos para doenças como a epilepsia e o câncer, o que significa que suas propriedades farmacológicas e efeitos colaterais são conhecidos.
Larsson disse que mais pesquisa é necessária antes que um medicamento para prevenir ataques cardíacos possa ser lançado.
"Nossos testes foram realizados em células cultivadas a partir da parede do vaso e não podemos garantir que as células, quando presentes no organismo, se comportarão exatamente da mesma maneira. Os resultados devem ser testados em pessoas antes que possamos tirar qualquer conclusão consistente", disse ele.
Fonte: Isaude.net