domingo, 4 de março de 2012

Pensamento suicida pode ser efeito colateral de medicamento

Alguns medicamentos para TDAH têm como efeito colateral o pensamento suicida

O Focalin, medicamento usado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), foi relacionado a efeitos colaterais como pensamentos suicidas. Alguns membros da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos medicamentos e alimentos norte-americanos, têm estudado a possibilidade de incluir na bula do medicamento um alerta para o risco do problema.
Segundo o jornal, Folha de S. Paulo, o Focalin, que não é vendido no Brasil, traz na bula indicações de sintomas psicóticos ou de euforia, mas não de pensamentos suicidas.
De acordo com Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e adolescência da Universidade de São Paulo (USP), há um número enorme de pessoas que usam esse medicamento e não têm esses efeitos, e é difícil saber se os pacientes teriam isso sem o medicamento.
A Novartis, fabricante do medicamento, assegurou que o Focalin não tem semelhança com as medicações à base de metilfenidato, disponíveis para o tratamento do TDAH no Brasil.

Outros casos

Outra droga comumente usada no tratamento do TDAH é a Strattera, que também demonstrou a possibilidade de pensamentos suicidas e depressivos em crianças e adolescentes. A empresa colocou um alerta em seu site para o fato de que em testes clínicos com mais de 2,2 mil portadores do TDAH, a chance de desenvolver pensamentos suicidas é de um a cada mil pacientes e que os pais devem ficar atentos às mudanças de humor e comportamento dos filhos, procurando o auxílio médico sempre que surgirem dúvidas.
O jornal norte-americano Fox News informou que o FDA recebeu oito relatos de pensamentos suicidas ao longo de seis anos e quatro casos eram ligados ao Focalin. Estima-se que entre 3 e 5% da crianças do mundo sofram de TDAH, que resulta em comportamento desatento, impulsividade, problemas em casa e na escola, entre outros sintomas. O tratamento do transtorno combina medicamento e terapia. A farmacêutica Novartis, fabricante do Focalin, anunciou que está comprometida com a segurança dos pacientes e vai trabalhar junto ao FDA e outras agências para rever a bula do medicamento.

Fonte: Terra

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