Investigadores dos EUA desenvolveram um sistema, chamado SEND, capaz de administrar terapias moleculares às células.
Os investigadores explicaram que o SEND pode ser programado para encapsular e entregar diferentes cargas de RNA. O SEND usa proteínas naturais do corpo que formam partículas semelhantes a vírus e ligam o RNA, e pode provocar menos respostas imunológicas do que outras abordagens de entrega de fármacos.
Os investigadores afirmaram que no centro do SEND encontra-se uma proteína chamada PEG10, que se liga ao seu próprio mRNA e forma uma cápsula protetora esférica à sua volta. Esta proteína é derivada de uma retrotransposão, um elemento genético semelhante a um vírus, que se integrou no genoma dos antepassados humanos há milhões de anos atrás.
Na investigação a PEG10 foi concebida para embalar e entregar de forma seletiva outro RNA, sendo utilizado o SEND para entregar um sistema de edição de genes CRISPR-Cas9 a modelos de rato e a células humanas para editar genes alvo.
Na investigação foram identificadas sequências moleculares no mRNA do PEG10 que o mesmo reconhece e utiliza para embalar o seu mRNA. Os investigadores utilizaram então estes sinais para criarem o PEG10 e outras cargas de ARN. Estes colocaram então proteínas fusogênicas nas cápsulas de PEG10, que se encontram na superfície das células e as ajudam a fundir-se.
Os investigadores afirmaram que este processo tornou possível direcionar a cápsula para um tipo específico de célula, tecido ou órgão.
Os investigadores pretendem agora testar o SEND em animais e conceber o sistema para entregar a carga a vários tecidos e células diferentes.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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