Investigadores da Universidade de Ciências da Saúde do Arizona, EUA, utilizaram nanotecnologia para administrar quimioterapia de uma forma que a torna mais eficaz contra tumores agressivos.
Os investigadores explicaram que o bloqueio dos pontos de controle imunológicos (ICB, na sigla em inglês) é uma terapia que pode ativar o sistema imunológico e ajudar o corpo a lutar contra uma doença, no entanto, apesar de as terapias ICB serem eficazes para alguns tipos de câncer, não funcionam para todos os doentes.
A investigação teve como objetivo aumentar o poder das terapias ICB, combinando-as com agentes quimioterápicos como a camptotecina, no entanto, este fármaco é instável, tem pouca solubilidade na água e pode ter graves efeitos secundários para as células saudáveis.
Os investigadores utilizaram então um método de fornecimento de nanotecnologia para reforçar a capacidade de combinação da camptotecina com as terapias ICB, tornando-as mais eficazes contra tumores agressivos.
Os investigadores ligaram a camptotecina à esfingomielina, um lipídeo que se encontra na superfície das células e verificaram que a combinação das duas moléculas num nanovesículo chamado camptotessoma estabilizou a camptotecina, melhorando a sua eficácia e diminuindo a toxicidade.
Na investigação foi visada a indoleamina 2,3-dioxigenase, um ponto de controle dentro do camptotessomas. Quando combinada com inibidores visando os pontos de controle imunológicos PD-L1 e PD-1, esta estratégia nanoterapêutica eliminou uma porção significativa de câncer colorretal e tumores melanoma metastáticos, clinicamente difíceis de tratar.
Os investigadores concluíram que a sua plataforma nanotecnológica pode ser utilizada para fornecer uma gama de terapêuticas contra o câncer e ajudar a desenvolver medicamentos.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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