Afinal, a idade para se iniciar o rastreio do cancro colorretal deveria ser aos 45 anos de idade, indica um novo estudo.
O estudo apresentado na 25.ª Semana da Unidade Europeia de Gastroenterologia, em Barcelona, Espanha, teve como base a análise de 6.027 colonoscopias em França.
Como resultado, os investigadores apuraram um aumento exponencial na detecção de neoplasias na ordem dos 400% em pacientes com idades compreendidas entre os 45 e os 49 anos, em comparação com pacientes de 40 a 44 anos de idade.
O índice de detecção de neoplasia era também 8% mais elevado em indivíduos de 45 a 49 anos de idade, comparativamente à faixa etária dos 50 aos 54 anos de idade, o que justifica que os programas de rastreio do cancro colorretal comecem aos 45 anos de idade.
O número médio de pólipos aumentou em 95,8% na faixa etária dos 40 a 44 anos de idade, em relação ao grupo dos 45 a 49 anos; relativamente à taxa de detecção de adenomas, o acréscimo foi de 95,4%. Comparativamente, o número médio de pólipos aumentou em 18,1% dos 45 aos 49 anos e dos 50 aos 54 anos, tendo o índice de detecção de adenomas aumentado em 11,5%.
“Estes achados demonstram que é aos 45 anos que é demonstrado um aumento considerável na frequência das lesões colorretais, especialmente na taxa de detecção da neoplasia precoce. Mesmo quando os pacientes com histórico familiar e pessoal de pólipos ou cancro são excluídos dos achados, continua a haver um aumento notório nos índices de detecção nos pacientes a partir dos 45 anos de idade”, explicou David Karsenti, que apresentou o estudo.
O cancro colorretal é a segunda causa de morte por cancro na Europa, matando cerca de 215.000 europeus todos os anos. Estudos recentes demonstraram que três em cada 10 diagnósticos de cancro colorretal são em pessoas com menos de 55 anos de idade.
Com informações do ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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