Um novo estudo demonstrou que o fármaco anacetrapib faz reduzir o risco de enfarte de miocárdio e outros eventos cardiovasculares em pacientes a fazer tratamento intensivo com estatinas.
O estudo, conhecido como REVEAL, foi conduzido por uma equipe de investigadores da Universidade de Oxford, Inglaterra e foi apresentado no Congresso ESC 2017, que decorreu em Barcelona, Espanha.
Para o estudo, a equipe recrutou 30.449 homens e mulheres com 50 anos e mais de idade, com um historial de doença cardiovascular como acidente vascular cerebral (AVC) ou enfarte de miocárdio. Os participantes foram recrutados em mais de 430 hospitais no Reino Unido, Itália, Alemanha, Escandinávia, China, Canadá e EUA.
Os participantes receberam um tratamento intensivo com uma estatina comum, a atorvastatina, para controlar o colesterol LDL, ou mau colesterol. Os investigadores ofereceram também, de forma aleatória, 100 mg diários de anacetrapib, que é inibidor da proteína de transferência de ésteres de colesterol (CETP), ou um placebo, durante um período de quatro anos.
O resultado primário era a ocorrência de um evento coronário maior, como ataque agudo do miocárdio, revascularização coronária ou morte por doença cardíaca.
Foi verificado que a administração de anacetrapib, em conjunto com o tratamento intensivo com estatinas, produziu uma redução proporcional de 9% na incidência de resultados primários em comparação com a toma de um placebo.
Os investigadores apuraram também que o anacetrapib reduziu, de forma significativa, os níveis de colesterol LDL em pelo menos 20% e duplicou os níveis de colesterol HDL. O fármaco foi geralmente bem tolerado, sem efeitos secundários significativos.
Martin Landray, coautor principal do estudo, da Universidade de Oxford, comentou: “estes achados são marcadamente contrastantes com os resultados desencorajadores de outros ensaios com inibidores de CETP que pararam cerca de dois anos depois devido a problemas inesperados ou falta de eficácia”.
“Os efeitos totais do anacetrapib só surgiram depois do primeiro ano. Foi observado um padrão semelhante em ensaios randomizados de tratamentos com estatinas. Consequentemente, os ensaios anteriores com inibidores CETP podem ter sido demasiado curtos para surgirem benefícios”.
Com informações de ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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