Neurônios em 3D

Vários aspectos da aprendizagem e do comportamento são acompanhados por mudanças estruturais nas sinapses, o lugar onde os neurônios se comunicam através do envio e recepção de neurotransmissores como a dopamina, serotonina e glutamato.
Ser capaz de ver essas mudanças estruturais em 3-D vai ajudar a entender como os neurônios se alteram durante o funcionamento normal e identificar as diferenças que ocorrem em situações anormais.
Cérebro transparente
Um detalhe importante é que, para ver os neurônios em três dimensões é necessário que o tecido do cérebro seja tornado transparente, o que exige técnicas especiais para tratar os tecidos observados sob o microscópio.
Embora as técnicas de transparência venham melhorando ao longo dos últimos anos, a equipe japonesa descobriu que uma técnica já antiga e tida por muitos como superada, na verdade é a que melhor se ajusta à operação com os microscópios mais modernos, produzindo imagens muito melhores do que qualquer outra já obtida anteriormente.
A equipe foi capaz de obter imagens de super-resolução de circuitos neurais 10 vezes mais profundas no cérebro do que é possível no passado, e mostrou que sua abordagem era compatível com vários tipos diferentes de microscopia de super-resolução.
Problemas nos neurônios
E as novas imagens já renderam os primeiros benefícios: elas revelaram diferenças nas sinapses quando o neurotransmissor glutamato opera em neurônios normais e em neurônios com problemas que foram induzidos por manipulação genética.
"Mostrar que mudanças em um receptor excitatório afetam estruturas finas nas sinapses inibitórias é uma descoberta importante que foi possível graças à nossa nova fórmula de compensação óptica," disse o professor Takeshi Imai, coordenador da equipe.
Com informações do Diário da Saúde
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